11.12.09

Do chão, não passo.

Algumas notícias não tem como serem dadas de outra forma: eu bati, sábado. E, pra quem não sabe, sou motoqueiro. E, motoqueiro, quando bate se esparrama pelo chão se estrupica.

O que aconteceu, resumidamente: o fdpfdpfdp abençoado estava na faixa da direita, eu na do meio, quando ele resolveu que ia pegar o retorno (à esquerda, obviamente). Então, como bom cidadão uberlandense que ele é, o que fez? Deu seta e foi. Olhar pra trás é para os fracos. Buzinei, ele tentou tirar o carro, mas ainda assim esbarrou, perdi o controle da moto e fui cair logali na frente, graças a Deus deu pra tirar a perna antes que a moto caísse.

O rapaz que estava no carro atrás de mim era do Corpo de Bombeiros, e já deu uma garibada super de boa, ver se tava tudo ok, e, ainda bem, da mesma forma, que foi na frente da Uniminas, e tava tendo (n)Enem, uma policial viu tudo, e pelo rádio mesmo já chamou os paramédicos (Resgate, dos Bombeiros), e a polícia pra fazer o B.O. Nisso, o tio (já era um senhor, que bateu em mim) estava desesperado. No momento tava tudo bem, eu doido pra fazer alguma coisa, mas simplesmente não podia mexer. Nada. Liguei pra minha mãe, liguei pra Aline, mandei algumas sms urgentes, pra algumas pessoas não ficarem me esperando, e fiquei mofando no sol.

(Tenho que abrir um parênteses aqui pra comentar da ignorância – não há outra palavra pra isso – dos uberlandenses, que, quando vem um carro com a sirene ligada, seja de Bombeiros, Ambulância ou da Polícia, simplesmente NÃO SE MOVEM. O Resgate demorou exatamente vinte e cinco minutos pra chegar ao local do acidente por causa do engarrafamento – numa cidade de 700 mil habitantes – porque ninguém abria espaço.)

Chegaram então os policiais pra fazer o B.O. e os bombeiros, praticamente ao mesmo tempo, os bombeiros fizeram todo o procedimento necessário (conferir se tinha alguma costela quebrada, onde tava doendo, colocar o colete cervical, pra não mexer o pescoço) rapidinho, e já me colocaram na viatura e fui embora.

O pessoal de uma presteza e de um carisma assim, inigualável. Todos que me atenderam eram recém-concursados, dois faziam faculdade, e foram conversando super amigavelmente durante todo o trajeto, explicando o que podia e não podia ter acontecido, falando sobre o trânsito, a demora, pra onde ia, etc.

Chegamos na UAI (Unidade de Atendimento Integrada) do Planalto em menos de cinco minutos, já direto pra sala do médico, encosta daqui, encosta dali, cutuca aqui, faz meia dúzia de perguntas, manda pro Raio-X, já tira a chapa, volta pra sala, dá uma olhada, e...

Quebrei a clavícula. Só isso, graças a Deus, colocou uma faixa e tudo tranqüilo.

Tá, nem tudo. Tem dia que dói paca, tem dia que fica tranqüilo. Mas acontece, recuperação é assim. =)

 

E, enquanto eu ia pra UAI, diz meu pai que o tio tava prestando depoimento, no B.O.

-Não, seu guarda, eu não tava errado não, ele tava correndo, nem deu tempo de ver ele...

-A quanto que ele tava? – pediu meu pai, já ficando grilado comigo

-Ah, uns 40, 50 por hora.

-E ele tava correndo? É, ele não tava parado né. A sua sorte é que ele tava andando certinho, se fosse outro motoqueiro, desses doidos por aí, o senhor tinha matado ele.

 

Diz que o tio empalideceu.

2 Mentira(s):

Talisson disse...

Gostei foi da ultima conversa!
kkkkkkkkkkkkkkk
Aquele corredor o Bolt é mais rapido q sua moto!!!auhhuauhauhhuauhahu...
Mas motoqueito q é motoqueiro tem q ralar um pouco!
=)

13 de dezembro de 2009 às 19:07
maria elis disse...

foi a primeira vez?!
se foi, a primeira a gente nunca esquece /oi?!

18 de dezembro de 2009 às 12:48

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