Jabbor, um antro de sapiência

Finalmente então, a Venezuela começa, de fato, a pavimentar a sua entrada para o MERCOSUL. Já fazem alguns anos que essa luta começou - na verdade, desde que eu comecei a estudar o mercado, ali pra 1997, em Estudos Sociais (alguém teve essa matéria ou fui só eu mesmo? /tá raro achar alguém que teve por aqui), já se discutia a possibilidade de se unir o Pacto Andino ao MERCOSUL. Mais de 12 anos depois, então, a Venezuela consegue a aprovação do Senado brasileiro.

Ainda nào será nessa década que teremos a Venezuela como parceira comercial (e arrisco a me dizer que nem na próxima), mas, pelo menos, a decisão final do Legislativo brasileiro sai (se nada der errado), semana que vem.

Mas, o que realmente me surpreende, é o Jabbor, ontem à noite, no Jornal da Globo.



Keep walking;

Tá, é o Jabbor, Deus sabe porque eu fui prestar atenção.

Vou explicitar só um trecho do amplo conhecimento econômico

"Até hoje só atrapalhou negociações comerciais do Brasil com o mundo ou serviu de palco para provocações do pós-peronismo argentino."



Até porque nunca vi o Brasil ganhar alguma coisa com o MERCOSUL.

PS: Não acredite no link, ele é do governo, até parece que desde 2002, só tem saldo positivo!

Read More

PMU, um teste de transparencia

No Twitter, o prefeito Odelmo Leão informou que constavam os vencimentos no Diário Oficial do Município, disponível no site da Prefeitura.

Segui para lá, e após a busca em sete diários, sem nenhum resultado, liguei para os números do expediente do Diário.

Um dos números não existe, mas ligando para o outro, fui atendido logo em seguida, pelo Felipe, super solícito, que, embora não soube me dizer se a informação do prefeito procedia ou não, pediu meu telefone, e prometeu ligar quando encontrasse alguma coisa a respeito.

Bom, eu já tinha desistido, mas para me surpreender mais uma vez, menos de 15 minutos depois o mesmo Felipe me ligou, dizendo que não sabia me dizer em qual Diário foi publicada a tabela de vencimentos, mas que ela realmente fora publicada.
Passei então a revirar todos os Diários Oficiais publicados em outubro, mês corrente.
De fato, a organização e as informações são perfeitas, não falta nada, todos os gastos, todos os centavos, justificativas (plausivas) de compra, e a verba geral de cada secretaria.

Mas e o que nós queríamos de início, que eram os vencimentos de cada servidor?
Bom, praticamente uma hora depois, achei uma remissão em um dos Diários de setembro para junho, e pulei direto para aquele mês.

Qual não foi minha surpresa ao encontrar, depois de quase três horas de pesquisa,
alguns valores;

Aí estão, os frutos preliminares da pesquisa
Diário n. 3185/junho
Diário n. 3186/junho
Diário n. 3186-especial/junho:
Diário n. 3187-especial/junho:


Bom, cá entre nós, eu não sei, mas as informações podiam estar todas juntas, num lugar só, seria mais fácil; de qualquer modo é minha opinião.
De qualquer modo, parece que Uberlândia é um exemplo de transparência;

Read More

Não sou eu, então, dane-se (I) – Prisão Provisória

Me impressiona muito o nível da intelectualidade brasileira. Não dos intelectuais de fato, mas daqueles que são tidos como intelectuais, ou como já vi se referirem a eles, os socialmente intelectuais. 

É fácil descobrir quem são, pessoas que detém uma posição de destaque, seja dentro da própria mídia, ou são famosos por uma ou outra realização que, repentinamente, resolvem meter o pitaco naquilo que não têm a menor base teórica. São sociólogos, juristas, músicos, técnicos de futebol que tem experiência... zero. Apenas criticam, e, cansados de criticar, começaram a vomitar soluções mágicas para os problemas que apontam.

E, é claro, que essas soluções são absurdos, quando paramos pra pensar um pouco (eu disse um pouco, não precisa nem ser muito) sobre elas. É o típico “jornalista” encostado nas grandes corporações de mídia que, para não permanecer no ostracismo, vomitam seu veneno, atacando pessoas, culpando o sistema sem entender sua razão de ser, e dando vazão à histeria.

Não tem exemplo maior do que os casos judiciários. A prisão provisória, por exemplo, exercida pelo delegado de polícia. Alguém algum dia leu em uma revista ou jornal, ou ainda mais, ouviu em algum jornal pra que ela serve?

Nunca. A única importância para a mídia é que o cara foi preso e o juiz mandou soltar. Só.

Mas, a prisão provisória, como o próprio nome diz, é provisória, temporária; serve para que o suspeito (novamente, SUSPEITO, não culpado) não possa ou se esconder ou alterar as provas (coibir testemunhas, esconder a arma do crime, tacar fogo nos documentos, e outras bizarrices). Não é ela, portanto, aplicável em todos os casos – de que serve manter um deputado preso, sendo que ele não tem como mudar as provas do processo que apontam para ele? Qual o sentido de mantê-lo às custas do Estado, gastando (mais) dinheiro público?

Não é que o juiz esteja considerando que ele é inocente, mas sim inofensivo. A inocência ou culpa só é julgada ao fim do processo.

 

Parece absurdo? É, quando está longe, e não é com a gente, realmente parece. Imagine, porém, que uma menina que você ficou aparece com um menino e um pedido de pensão alimentícia – mesmo sem exame de DNA.
Oras, o juiz não tem as provas concretas, mas ele tem que decidir, PROVISORIAMENTE, se você tem que pagar a pensão ou não – porque a criança precisa comer.

Se ignorássemos a possível inocência do deputado, teríamos que ignorar a sua possível inocência também – até que você provasse que focinho de porco não é tomada; e que aquele catarrento não tem nada a ver com você.

 

Faz mais sentido agora, não faz? Então, por mais que, uma vez ou outra surja algum espertinho, que se use disso para se dar bem e se livrar, seria mils (como diz a Ana) vezes pior prender alguém inocente – mesmo que de maneira provisória.

E, quando se faz isso, a mídia é a primeira a fazer escândalo (lembra da mulher que furtou uma caixinha de leite no supermercado?).

 

Então, antes de criticar uma ação de algo tão pensado quanto uma Lei, de algo tão importante quanto as Normas de um país, que regem milhões de pessoas, tente entender seus fundamentos, nem tudo surgiu por medo da ditadura ;D


Read More
 

©2009Álibi | by TNB