Publicidade 2.0

Quando você pensa em publicidade online o que vem na sua cabeça?

Seja sincero, quase todos nós pensamos, irremediavelmente, nessas caixinhas do AdWords, que estão espalhadas por todos os cantos da internet. Ou pelo menos, naqueles banners coloridos que costumam empestear as páginas.

Os mais antigos ainda lembrariam das pop-ups, na longínqua época do hPG (alguém aqui lembra disso ou sou só eu? – quando iG significava internet grátis), dinossauros do que pode ser a publicidade.

Desde a época do AdSense ou AdWords, que seja, muita coisa mudou. Hoje, no auge do Twitter, das relações, do contato, do sharing, do colaboracionismo, o que vale não é mais a propaganda – mas quem a faz. Alguém elogia ou destrói um produto ou serviço, seja em seu blog, ou no twitter, em menos de 140 caracteres, influencia diretamente uma gama de potenciais consumidores.

Grande exemplo é o livro do Marcelo Tas, elogiado por centenas de leitores via Twitter, o que levou outra centena a comprá-lo. Eu mesmo comprei um [s]livro[/s] assim. Areia nos Dentes, do genial Antônio Xerxenesky, por causa, quase exclusivamente, desta resenha – o que me lembra que eu preciso escrever sobre este livro (2010 taí pra isso, mano jhow). Mais diretamente como publicidade tem-se as divulgações de promoções do @marcogomes, sempre seguidas por uma tag #ad (de advertising, propaganda).

Mas ainda assim, a publicidade é pouco explorada, como eu disse no post anterior, sobre o ostracismo de algumas companhias (pagar por conteúdo é coisa do século XX) – deve haver novas formas de se vender um produto.

Mas de fato, a melhor propaganda sempre será o boca a boca de clientes/usuários satisfeitos – seja ele de fato ou virtual.

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Google pago?

O google pode se tornar pago.

Essa frase lembra aqueles emails de spam, que pediam pra reenviar pra 1001 contatos em uma espécie de manifesto virtual, porém dessa vez, é (em parte) verdadeira.

Depois de anos com pressão internacional, e nacional, a Google decidiu que irá cobrar pelo acesso à alguns sites de notícias. Porque? Simplesmente porque estes, pertencentes a grandes veículos da mídia tradicional (leia-se papel) não se adequaram à web 2.0. Não foram capazes de, ao se submeter a uma cultura colaborativa (onde a informação é de todos, não tendo um único dono), não conseguiram reorganizar seus meios de produzir lucro.

Tentaram, por anos, erroneamente, aplicar um método de negócios que, na web, perdeu seu sentido. E sabiam disso.

Todos coglomerados de comunicações sabem o que é a Web 2.0, porém, ainda insistem em cobrar pelo acesso à informação. E vão sucumbir.

Apenas aquelas empresas que realmente se subordinarem a uma nova forma de pensamento, e conseguirem de fato apresentar um modelo lucrativo dentro de um meio colaborativo conseguirão sobreviver.

Cobrar por aprofundamento ou por algumas notícias específicas, como faz o Wall Street Journal, é apenas uma medida paliativa – um bolsa família para as mega-empresas em crise. Cobrar a partir de um certo numero de acessos (5, como propõe o Google, ou 10, como o Financial Times já pratica) é insustentável – já que, ter menos leitores, significa menos anunciantes.

A publicidade tem sido o caminho encontrado para tirar os coglomerados da comunicação do vermelho, mas será que ela realmente é o único meio? Ou pelo menos o mais viável?

Padecemos de soluções criativas. Urgentemente.

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Do chão, não passo.

Algumas notícias não tem como serem dadas de outra forma: eu bati, sábado. E, pra quem não sabe, sou motoqueiro. E, motoqueiro, quando bate se esparrama pelo chão se estrupica.

O que aconteceu, resumidamente: o fdpfdpfdp abençoado estava na faixa da direita, eu na do meio, quando ele resolveu que ia pegar o retorno (à esquerda, obviamente). Então, como bom cidadão uberlandense que ele é, o que fez? Deu seta e foi. Olhar pra trás é para os fracos. Buzinei, ele tentou tirar o carro, mas ainda assim esbarrou, perdi o controle da moto e fui cair logali na frente, graças a Deus deu pra tirar a perna antes que a moto caísse.

O rapaz que estava no carro atrás de mim era do Corpo de Bombeiros, e já deu uma garibada super de boa, ver se tava tudo ok, e, ainda bem, da mesma forma, que foi na frente da Uniminas, e tava tendo (n)Enem, uma policial viu tudo, e pelo rádio mesmo já chamou os paramédicos (Resgate, dos Bombeiros), e a polícia pra fazer o B.O. Nisso, o tio (já era um senhor, que bateu em mim) estava desesperado. No momento tava tudo bem, eu doido pra fazer alguma coisa, mas simplesmente não podia mexer. Nada. Liguei pra minha mãe, liguei pra Aline, mandei algumas sms urgentes, pra algumas pessoas não ficarem me esperando, e fiquei mofando no sol.

(Tenho que abrir um parênteses aqui pra comentar da ignorância – não há outra palavra pra isso – dos uberlandenses, que, quando vem um carro com a sirene ligada, seja de Bombeiros, Ambulância ou da Polícia, simplesmente NÃO SE MOVEM. O Resgate demorou exatamente vinte e cinco minutos pra chegar ao local do acidente por causa do engarrafamento – numa cidade de 700 mil habitantes – porque ninguém abria espaço.)

Chegaram então os policiais pra fazer o B.O. e os bombeiros, praticamente ao mesmo tempo, os bombeiros fizeram todo o procedimento necessário (conferir se tinha alguma costela quebrada, onde tava doendo, colocar o colete cervical, pra não mexer o pescoço) rapidinho, e já me colocaram na viatura e fui embora.

O pessoal de uma presteza e de um carisma assim, inigualável. Todos que me atenderam eram recém-concursados, dois faziam faculdade, e foram conversando super amigavelmente durante todo o trajeto, explicando o que podia e não podia ter acontecido, falando sobre o trânsito, a demora, pra onde ia, etc.

Chegamos na UAI (Unidade de Atendimento Integrada) do Planalto em menos de cinco minutos, já direto pra sala do médico, encosta daqui, encosta dali, cutuca aqui, faz meia dúzia de perguntas, manda pro Raio-X, já tira a chapa, volta pra sala, dá uma olhada, e...

Quebrei a clavícula. Só isso, graças a Deus, colocou uma faixa e tudo tranqüilo.

Tá, nem tudo. Tem dia que dói paca, tem dia que fica tranqüilo. Mas acontece, recuperação é assim. =)

 

E, enquanto eu ia pra UAI, diz meu pai que o tio tava prestando depoimento, no B.O.

-Não, seu guarda, eu não tava errado não, ele tava correndo, nem deu tempo de ver ele...

-A quanto que ele tava? – pediu meu pai, já ficando grilado comigo

-Ah, uns 40, 50 por hora.

-E ele tava correndo? É, ele não tava parado né. A sua sorte é que ele tava andando certinho, se fosse outro motoqueiro, desses doidos por aí, o senhor tinha matado ele.

 

Diz que o tio empalideceu.

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Bradescuzinho do meu coração

            Taí, antes mesmo de fazer a crítica já mudei bastante de idéia. Esses dias estava tentando organizar as idéias pra um post criticando o Bradesco, por alguns inúmeros fatores, quando o tal banco me surpreende, duas vezes: uma boa, outra nem tanto.

            Primeiro, começaram os problemas com o Bradesco da Afonso Pena (aqui em Uberlândia). Foram quase quatro horas na fila pra abrir a conta-salário (mesmo com todos os documentos necessários, todas as assinaturas exigidas e toda burocracia pronta) foram três horas e lá vai cacetada pra chegar à uma atendente responsável por abrir a conta. Não havia lugares para todos sentarmos e poucos atendentes (embora fosse uma segunda-feira normal) – só duas abriam as contas, embora houvesse vários funcionários, hm, bastante tranqüilos eu diria.

            De qualquer modo, o atendimento era leve, e apesar de toda a carga de trabalho pressionando, ambas atendentes estavam com um bom-humor – impressionante.

            Daí o burro aqui resolveu que ia esquecer aquelas malditas letrinhas – e sem letrinhas, não se faz porcaria nenhuma. Não, não é que eu estava em dúvida, mas eu realmente não fazia nenhuma idéia de que letras EU tinha escolhido – óh, ironia.

            Xingando três gerações de castores pela ausência de hemisfério direito inferior no meu cérebro (/responsável pelas memórias, até onde se sabe), fui quase me arrastando para a minha agência.

            (Taí uma forma interessante dos bancos. Minha agência? What the heaven? Tem certeza que eu su responsável por aquilo? – é só uma forma de tirar a culpa do banco. Posso até ouvir a voz da atendente O Sr. deverá estar se encaminhando para a SUA agência para que eles possam estar resolvendo o SEU problema – olha que coisa, a culpa é praticamente SUA, man!)

            Chegando lá, pensei estar no cenário de Advogado do Diabo, não parecia ter vivalma por ali, até que... pra variar a porta automática resolve me travar, of course. Não, eu nunca consigo passar de primeira pela porta. Posso tirar chaves, moedas, máquina digital, celulares, capacetes, canivetes, laptops, maçaricos, ou até uma prensa portátil, não importa: eu nunca passo. É impressionante.

            Aí chegou o tiozim, sempre afoito em ser pró-ativo e ganhar uma promoção da chefe, e disse: deve ser o arame do carderno. OI!?

            Tá, que seja, não vou discutir. Entrando (de fato) na agência, depois de desligada a porta, me encaminhei aos serviços gerais, que ficava quase onde seria a despensa, se aquilo fosse um restaurante. ÓBVIO que lá tinha fila. Mas é LÓGICO que teria. Mas era menor que a dos caixas, se isso serve de consolo.

            Mas em cinco minutos fui atendido pela única pessoa que lá estava.

            Alguém sacou o que eu disse? Em CINCO MINUTOS alguém, dentro de UM BANCO atendeu SETE clientes. Dando resposta para todos.

            Fui, meio crente de que tinha alguma coisa errada, expliquei a minha burrice antológica, ela sorriu, pediu o cartão e falou que ia bloquear e desbloquear o acesso para que eu pudesse escolher novas letras ( D: ). Mas antes de terminar de falar, ela já tinha devolvido o cartão. Não entendi, e falei Ãhm?

            Ela olhou pra mim com aquele olhar de mãe, e disse

 

Pode ir lá fora, já tá liberado.

Oi?

É só ir no caixa automático, e escolher uma nova combinação.

Já?

Já, senhor.

=O

 

E fui. Sim senhores, em cinco minutos fui ao banco, peguei uma fila, resolvi meu problema e voltei à pacata vidinha de interior. Surpreendente.

Mas, como é comigo, tudo não acaba bem assim.

Depois de rapelar minha conta pra pagar minhas dívidas (salário SUPER atrasado, considerando que já até saí do estágio), sobrou uns trocados. Ah, ‘tô fazendo nada mesmo, põe a grana aí na poupança vinculada né, Bradesquinho do meu coração?

Poor thing, diria uma personagem de Sweeney Todd. No outro dia, precisando de crédito para o meu celular, fui atrás do trocado.

Não estava na Conta Corrente. Não estava na Poupança. Tirei um extrato, pra conferir – constava a transferência. Deus sabe onde foi parar meus centavos. Ô laiá, e lá foi o Bradesco de novo parar na minha lista de ódio.

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Só no CJ, mano jhow.

Anos atrás eu costumava dizer "Coisas bizarras acontecem no A-121". E hoje, eu tive prova de que, por mais que o mundo dê voltas, ainda estamos no mesmo lugar. 

A-121 é o ônibus que passa na porta de casa, o Cidade Jardim, linha pequena, com geralmente apenas um ou dois veículos, que passam de meia em meia hora, ou de hora em hora. E, sabe lá Deus porquê, talvez pelos atrasos que antigamente eram constantes (eu mesmo já cheguei a ficar duas horas e meia sentado esperando o ônibus), as pessoas costumavam conversar no ônibus.

Então, desde 2003, quando estava na oitava série, eu pegava o ônibus, até o começo do ano, quando minha mãe comprou a moto. Mil e um detalhes e desacertos me levaram a voltar para o ônibus esse mês [/espero que acabe em breve, mas nada contra], e não é incomum encontrar os conhecidos (?!) -que não sei, nunca soube nem o nome- daquela época.

Hoje, então, sentou há dois bancos de distância uma mulher, já quase senhora, mãe de uma menina (hoje a menina trabalha como recepcionista), sentou perto de mim, e, como sempre, nos cumprimentamos e ficou por aí.

Passando ali pelo extra, meus pensamentos acerca da moto foram interrompidos grotescamente pelo motorista parando, logo depois da esquina.

Uma nota ali, do lado da lixeira, no meio do quarteirão

Dinheiro, moço, ali, dinheiro - gritava e apontava algum lugar que nao conseguia ver

Não, ele não vai pegar - falou o motorista de repente

Ali óh, a nota!

Vou lá

E, o motorista SAIU do ônibus, correu dois quarteirões e pegou uma nota de vinte reais. Agora, assim, todo mundo ficou abismado pela visão do motorista, ele viu uma nota de vinte, perto de uma lixeira, a cinquenta (sem trema, novo acordo ortográfico) metros de distância, em um quarteirão que ele não ia passar.

O que ele disse?

Dinheiro eu vejo de longe.

Até o terminal central, foram só histórias, lá no fundão sobre perder e achar dinheiro. De corrente de ouro pulando no pescoço a duzentos e cinquenta reais em chão do supermercado ouvi de tudo.

Acredito? Não sei. Acho que nem nesse ônibus eu acredito.

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UNE demonstra a que veio

Alunos da UnB tiram a roupa em apoio à estudante da Uniban

Oi? Como assim? Eu não sei o que me traumatizou mais, a bunda branquela do rapaz (que, por algum acaso, está com a cueca na cabeça), ou a forma de apoio/manifestação dos estudantes da UnB.

De qualquer modo, continuando, como se fosse completamente normal cem alunos tirarem a roupa e saírem andando pelados pela faculdade, ainda me vêm a notícia de que eles entregaram um protesto ao reitor... da UnB!

Meu Deus o que é esse Movimento Estudantil? É isso que se fala na pauta de todos os DCEs, quando citam engajamento? Olha, muito obrigado, mas não quero ser engajado, não.

Porque, se for engajado quiser dizer fazer um protesto ridículo, com uma reunião de nus e seminus, a oito horas de distância de carro do lugar onde a coisa tá pegando, e entregar um protesto a um cara que não tem nada a ver com o assunto, engajado significa ignorante.

E ignorância é a falta de conhecimento, acrescida da falta de vontade de aprender.  Porque as notas de repúdio da UNE são tão zombadas, e nenhum dos congressos estudantis são levados à sério.

O tal 'Movimento Estudantil' paira num ostracismo gigantesco. A vontade de quebrar com a sociedade, com a norma vigente, a sede de se fazer algo diferente é tamanha, que, muitas vezes, as manifestações que eles fazem são tão... nonsense.

Vamos aos fatos. Quais os erros da manifestação contra a Uniban:

1- Tirar a roupa. Definitivamente eu não entendi qual a mensagem que eles quiseram passar. Se formos interpretar, a manifestação parece ser contra a estudante, não a universidade; pois só reforçaria a tese da Uniban de que a aluna desejava causar alvoroço;

2- Falar em liberdade de expressão. Liberdade de expressão é para dizer alguma coisa. Poderiam pedir liberdade de expressão caso alguém barrasse o movimento deles (embora eu ache que andar pelado não seja uma manifestação válida fora de Woodstock), a menos que a Geisy tenha alguma a coisa a dizer (que ela provou não ter por mais de uma vez);

3- Culpar o capitalismo. Sim, eles fizeram isso na carta. Porque, em nome de Deus (não se pode copiar conteúdo d'O Globo, cliquem, e vejam) o capitalismo é culpado pelo irracional?!

4- Entregar uma nota de repúdio ao reitor da UnB. Preciso comentar?

5- Achar que o mérito foi deles. A UNE realmente acha que foi graças à sua ação (vídeo abaixo) política e engajada, que a Uniban voltou atrás, e não à repercussão na mídia.


Antes do vídeo, só repare (não vou falar do grito de guerra estupendo Eu uso o que eu quiser, eu sou (ou não sou) bixete, eu sou mulher), o comentário aos 1:25 a 1:26

'Então tira a roupa pra gente ver'.

Suuper engajado.

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Web 2.0: A falsa liberdade

A internet, mais especificamente, a web 2.0 se espalhou como o meio de expor suas idéias; a liberdade de expressão.

De repente, você podia dar sua opinião sobre qualquer assunto, encontrar pessoas com pensamento semelhante e, principalmente, debater com quem discorda.

E é nesse ponto que a coisa começa a mudar de caráter.

Keep Walking

Segundo o Webdicionário Aurélio:
Debater
v.t. Discutir, contestar, polemizar: debater uma questão.

E no polemizar, surge um problema típico dos meios libertários: A ditadura da maioria.

A partir do momento que um grupo com uma idéia X vê-se como maioria dominante, perde o interesse de trocar idéias com o grupo, minoria, que defende Não-X, desvirtuando qualquer princípio de discussão vindo dessa minoria, partindo para ataques pessoais, e, invariavelmente, vaias.

A vaia numa discussão é atestado de ignorância. É a crença de tudo-sei, tudo posso, porque tá todo mundo comigo - e dane-se se você pensa o contrário.

A gente vê isso mais na prática, olha só onde? Nos movimentos populares, o antro da liberdade - DCEs, Sindicatos. Deixa alguém, de direita, encostar num microfone durante uma Assembléia Geral da UFU, seja de estudantes, seja de técnicos. Antes mesmo da pessoa respirar, sào vaias, xingamentos, garrafas, e tudo mais que estiver à mão - mesmo que a pessoa tenha ido falar do vidro aberto do carro de alguém.

É como não se importasse mais nada naquela pessoa: ela se resume a ser contra X, e, se tem alguma outra idéia, por mais bacana que seja, não podemos prestar atenção, ou parar pra ouvir: ela é contra nós.

E isso já chegou aos blogs, ao twitter. Quantos de nós já não deixamos de postar, ou de twittar alguma coisa pela preguiça de lidar com essa massa?
E isso é liberdade? Ou a ditadura da maioria sempre vai estar presente?

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Jabbor, um antro de sapiência

Finalmente então, a Venezuela começa, de fato, a pavimentar a sua entrada para o MERCOSUL. Já fazem alguns anos que essa luta começou - na verdade, desde que eu comecei a estudar o mercado, ali pra 1997, em Estudos Sociais (alguém teve essa matéria ou fui só eu mesmo? /tá raro achar alguém que teve por aqui), já se discutia a possibilidade de se unir o Pacto Andino ao MERCOSUL. Mais de 12 anos depois, então, a Venezuela consegue a aprovação do Senado brasileiro.

Ainda nào será nessa década que teremos a Venezuela como parceira comercial (e arrisco a me dizer que nem na próxima), mas, pelo menos, a decisão final do Legislativo brasileiro sai (se nada der errado), semana que vem.

Mas, o que realmente me surpreende, é o Jabbor, ontem à noite, no Jornal da Globo.



Keep walking;

Tá, é o Jabbor, Deus sabe porque eu fui prestar atenção.

Vou explicitar só um trecho do amplo conhecimento econômico

"Até hoje só atrapalhou negociações comerciais do Brasil com o mundo ou serviu de palco para provocações do pós-peronismo argentino."



Até porque nunca vi o Brasil ganhar alguma coisa com o MERCOSUL.

PS: Não acredite no link, ele é do governo, até parece que desde 2002, só tem saldo positivo!

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PMU, um teste de transparencia

No Twitter, o prefeito Odelmo Leão informou que constavam os vencimentos no Diário Oficial do Município, disponível no site da Prefeitura.

Segui para lá, e após a busca em sete diários, sem nenhum resultado, liguei para os números do expediente do Diário.

Um dos números não existe, mas ligando para o outro, fui atendido logo em seguida, pelo Felipe, super solícito, que, embora não soube me dizer se a informação do prefeito procedia ou não, pediu meu telefone, e prometeu ligar quando encontrasse alguma coisa a respeito.

Bom, eu já tinha desistido, mas para me surpreender mais uma vez, menos de 15 minutos depois o mesmo Felipe me ligou, dizendo que não sabia me dizer em qual Diário foi publicada a tabela de vencimentos, mas que ela realmente fora publicada.
Passei então a revirar todos os Diários Oficiais publicados em outubro, mês corrente.
De fato, a organização e as informações são perfeitas, não falta nada, todos os gastos, todos os centavos, justificativas (plausivas) de compra, e a verba geral de cada secretaria.

Mas e o que nós queríamos de início, que eram os vencimentos de cada servidor?
Bom, praticamente uma hora depois, achei uma remissão em um dos Diários de setembro para junho, e pulei direto para aquele mês.

Qual não foi minha surpresa ao encontrar, depois de quase três horas de pesquisa,
alguns valores;

Aí estão, os frutos preliminares da pesquisa
Diário n. 3185/junho
Diário n. 3186/junho
Diário n. 3186-especial/junho:
Diário n. 3187-especial/junho:


Bom, cá entre nós, eu não sei, mas as informações podiam estar todas juntas, num lugar só, seria mais fácil; de qualquer modo é minha opinião.
De qualquer modo, parece que Uberlândia é um exemplo de transparência;

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Não sou eu, então, dane-se (I) – Prisão Provisória

Me impressiona muito o nível da intelectualidade brasileira. Não dos intelectuais de fato, mas daqueles que são tidos como intelectuais, ou como já vi se referirem a eles, os socialmente intelectuais. 

É fácil descobrir quem são, pessoas que detém uma posição de destaque, seja dentro da própria mídia, ou são famosos por uma ou outra realização que, repentinamente, resolvem meter o pitaco naquilo que não têm a menor base teórica. São sociólogos, juristas, músicos, técnicos de futebol que tem experiência... zero. Apenas criticam, e, cansados de criticar, começaram a vomitar soluções mágicas para os problemas que apontam.

E, é claro, que essas soluções são absurdos, quando paramos pra pensar um pouco (eu disse um pouco, não precisa nem ser muito) sobre elas. É o típico “jornalista” encostado nas grandes corporações de mídia que, para não permanecer no ostracismo, vomitam seu veneno, atacando pessoas, culpando o sistema sem entender sua razão de ser, e dando vazão à histeria.

Não tem exemplo maior do que os casos judiciários. A prisão provisória, por exemplo, exercida pelo delegado de polícia. Alguém algum dia leu em uma revista ou jornal, ou ainda mais, ouviu em algum jornal pra que ela serve?

Nunca. A única importância para a mídia é que o cara foi preso e o juiz mandou soltar. Só.

Mas, a prisão provisória, como o próprio nome diz, é provisória, temporária; serve para que o suspeito (novamente, SUSPEITO, não culpado) não possa ou se esconder ou alterar as provas (coibir testemunhas, esconder a arma do crime, tacar fogo nos documentos, e outras bizarrices). Não é ela, portanto, aplicável em todos os casos – de que serve manter um deputado preso, sendo que ele não tem como mudar as provas do processo que apontam para ele? Qual o sentido de mantê-lo às custas do Estado, gastando (mais) dinheiro público?

Não é que o juiz esteja considerando que ele é inocente, mas sim inofensivo. A inocência ou culpa só é julgada ao fim do processo.

 

Parece absurdo? É, quando está longe, e não é com a gente, realmente parece. Imagine, porém, que uma menina que você ficou aparece com um menino e um pedido de pensão alimentícia – mesmo sem exame de DNA.
Oras, o juiz não tem as provas concretas, mas ele tem que decidir, PROVISORIAMENTE, se você tem que pagar a pensão ou não – porque a criança precisa comer.

Se ignorássemos a possível inocência do deputado, teríamos que ignorar a sua possível inocência também – até que você provasse que focinho de porco não é tomada; e que aquele catarrento não tem nada a ver com você.

 

Faz mais sentido agora, não faz? Então, por mais que, uma vez ou outra surja algum espertinho, que se use disso para se dar bem e se livrar, seria mils (como diz a Ana) vezes pior prender alguém inocente – mesmo que de maneira provisória.

E, quando se faz isso, a mídia é a primeira a fazer escândalo (lembra da mulher que furtou uma caixinha de leite no supermercado?).

 

Então, antes de criticar uma ação de algo tão pensado quanto uma Lei, de algo tão importante quanto as Normas de um país, que regem milhões de pessoas, tente entender seus fundamentos, nem tudo surgiu por medo da ditadura ;D


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Agora a culpa é minha?! (II)

Continuando, então, a rebater a coluna, a autora definiu os motoqueiros como responsáveis pela carnificina no trânsito – e a liberação de moto taxistas seria compactuar com esse rio de sangue.

Corro o risco de derrapar na Lei de Godwin (expressão usada quando se compara falas e feitos ao regime nazista), mas da forma como foi colocado, o motoqueiro é um mal a ser combatido.


Continua lendo a bagaça;

É como se a autora passasse uma borracha em todos acidentes causados por motoristas bêbados, má-conservação das pistas, má sinalização, irresponsabilidade no volante, falta de manutenção veicular, motoristas que dormem ao volante, colocando todos esses acidentes nas costas dos motoqueiros.

“Ah, mas e os motoqueiros bêbados?” pergunta alguém; A culpa é da bebida então, e não da moto, óbvio ._. Seria o mesmo que afirmar que todos que moram na favela são traficantes: Eles não moram na favela porque gostam, ou porque querem, mas, a maioria, porque não tem condição financeira de morar em algum lugar melhor.

Eu nunca vi um motoqueiro feliz porque tivesse que dirigir na chuva, ou porque tinha que entregar a pizza quentinha do outro lado da cidade – se motoboys correm, é porque são obrigados.

Novamente faço uma pausa: há motoqueiros irresponsáveis e idiotas que não respeitam porque não querem – mas são minorias, assim como motoristas de carro que são irresponsáveis, e assim como há idiotas em todo lugar, como diz a comunidade do Orkut.

Mas não se pode tomar a minoria como um todo – nem mesmo se fosse a maioria. Generalizar nunca foi uma atitude muito sábia, mas a maior parte das pessoas só percebe isso, quando estão sendo atacadas injustamente.

É falar que todo funcionário público é folgado, é dizer que toda faculdade particular não tem qualidade, é falar que toda juventude está perdida ou chamar os estadosunidenses de norte-americanos (mexicanos não contam como gente e canadenses não existem, né? /ironia)

 


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Agora a culpa é minha?! (I)

Vou dividir esse post, na verdade em dois, pela extensão da discussão e por abordar, na verdade, dois pontos totalmente distintos sobre a coluna publicada na Galileu deste mês 

-não estou com a revista nesse momento, e, no site, não encontrei informação alguma, amanhã edito o post com o nome da colunista

No primeiro, falo sobre um tema mais pacífico, embora dê abertura para manifestações mais exaltadas daqueles que têm ódio de motos/motoqueiros.

No segundo, comentarei sobre trânsito em geral, estimativas e a generalização que fazem, como se motoqueiros fossem o único mal existente e responsáveis por todo o caos.

Na Galileu desse mês, uma colunista falava sobre a liberação para que as cidades legislassem sobre os mototaxistas.

É um assunto simples, não há muito o que discutir: cada cidade que, de acordo com suas características e desenvolvimento, deve legislar sobre o tema.

Porém, no seu texto, a autora foi extremamente crítica e preconceituosa, afirmou, mais de uma vez, que liberar o trabalho de motoboys e mototaxistas significaria aumentar o número de mortes no trânsito (quanto mais gente no trânsito, maior o índice de acidentes, e consequentemente de mortes, fato), mas, responsabilizou os motoqueiros como únicos causadores de acidentes.

Tipo, oi!?


Continua lendo essa joça!

Ok, existem motoqueiros irresponsáveis, lógico, mas proibir motocicletas não é uma medida nem um pouco sensata. Comassim, os motoqueiros são responsáveis pela carnificina? 

A autora não demonstrou conhecimento da vida em cidades de médio e pequeno porte. Pra quem vive em São Paulo e dirige, de fato, motoqueiros são demônios vivos, principalmente no horário de pico – mas, se eles não estivessem de moto, estariam de carro. E o número de carros duplicaria ou triplicaria, gerando um caos ainda maior no trânsito da cidade – ou alguém discorda disso?

Porém, em cidades com menos de um milhão de habitantes, motos e mototáxis são, geralmente o meio de transporte mais confiável, e barato. Oras, não é todo mundo que pode pagar um carro – e o custo de manutenção de um carro é quatro vezes maior que o de uma moto (podem fazer a conta, eu fiz, quando escolhi comprar uma moto), o que não é nem um pouco viável para quem mora numa cidade sem metrô e com sistema de transporte público deficitário.

Felizmente, não é o caso de Uberlândia; apesar de todos os defeitos e da tarifa incondizente, o sistema de transporte coletivo da cidade é ao menos, eficaz. Porém, em cidades de realmente interior, com menos de 200 mil habitantes, ônibus é uma coisa irreal: imundice, falta de horários fixos, falta de manutenção, e assim por diante.

Nessas cidades a única saída para grande parte da população é a moto. Proibir as motos nessas cidades significaria barrar o desenvolvimento da própria cidade – elas são movidas à motos.

Mototáxis então. Para quem não vive numa cidade com transporte público 24 horas (como o caso da própria Uberlândia, com 700 mil habitantes), mototáxis são o meio mais baratos – o preço do táxi está pela hora da morte.

Uma viagem da rodoviária até o centro da cidade, em bandeira 2, pelo horário, não sai por menos de 20 reais; mototáxis cobram sete. Imagine então quem realmente precisa – quem não tem como pagar um táxi e chega na cidade de madrugada, obviamente moram na periferia – o táxi cobraria um valor astronômico.

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Você confia no que lê?

Quantas vezes você já não leu que blogs são fonte de iinformação não confiáveis, de que há vários blogueiros que são pagos pra produzir posts, e entre tantas campanhas que buscavam desvalorizar os blogs.

Mas qual não foi minha surpresa, ao acessar um famoso portal de notícias (não é assim que eles se referem aos blogs? - um famoso blog/site da internet) e me deparar com a maior palhaçada que já vi:



(Print no tamanho original)

"Escola de música e tecnologia lança o PRIMEIRO curso de DJs da América Latina" [grifo nosso]

Comassim primeiro? Lançado agora? Nunca vi uma 'notícia' tão claramente patrocinada como essa; há quantos anos a DJBAN não realiza cursos, extensivos, intensivos, e particulares de DJ? Eu mesmo já fui aluno deles.

E não é só a DJBAN não, tem também o pessoal da CAM, da Groovearte que estão há anos no mercado.

Estou extremamente desapontado com essa cara-de-pau do Yahoo-via BRPress (a 'matéria' não é assinada) de lançar essa estúpida estratégia marketeira.

Sem mais, cansei - isso me broxa.
Link para a notícia: Yahoo; BRPress

-interessante é reparar que na chamada da notícia no site da BRPress, lê-se "EM&T se diz o primeiro a ensinar..."

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Madrugada [2] - Monólogo

-Véi, quem raios é essa @carolbernardes? Oo.
*fuça fuça fuça*
-Hmm, irmã do @SirLuiz.
-Mas quem diabo é @SirLuiz? Oõ²
*fuça fuça fuça*
-ÃÃÃHM, amigo da @Pati_Patricia, agora sim, faz sentido.
-Mas...
*silêncio*
-QUE ESSA MENINA FUMOU PRA ME SEGUIIIIIIIIIIR, VÉÉÉI?
*fuça fuça fuça*
-Hmmm, vou sergui-la também uu.


É, eu tenho medo do Twitter.

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Recenseamento

"Hoje não é possível, não há dinheiro nenhum. Volte amanhã. Hein? Ah, o sr. é dorecenseamento? Uff! Quantos somos? Somos vinte, somos mil. Tenho oito filhos e cinco filhas. Total: quinze pestes. Mas todos parentes de minha mulher se instalaram aqui. Meu nome? Ahn... João Lourenço, seu criado. Jesus Cristo João Lourenço. A minha idade? Oh! Pergunte à minha filha, pergunte. É aquela jovem sirigaita que está dando murros naquele piano. Ontem quis ir não sei pra onde com um patife que ela chama de "meu pequeno". Não deixei, está claro. Ela disse que eu sou da idade da pedra lascada. Escreva isso, cavalheiro, escreva. Nome: João Lourenço; profissão: idiota; idade: da pedra lascada. Está satisfeito? Não, não faça caretas, cavalheiro. Creia que eu o aprecio muito. O sr. pelo menos não é parente da mulher. Isso é uma grande qualidade, cavalheiro! É a virtude que eu mais admiro! O sr. é divino, cavalheiro, o sr. é meu amigo íntimo desde já, para a vida e para a morte!"

[Rubem Braga - Recenseamento]

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Postagem em off

Esse post a seguir é uma carta ao Pr. Márcio, a respeito deste post, "Excomunhão Gospel".

Pastor Márcio,

Não fiz teologia, não sou ordenado pastor, presbítero ou sequer diácono. Não fiz nenhum curso de pastorado, nem ao menos de discipulado. Mas, sou teu irmão em Cristo, ou, ao menos, creio sê-lo. Foi muito duro, muito difícil para mim acompanhar suas manifestações dos últimos dias no Twitter, foi uma provação enorme para mim. Porém,

Irai-vos, mas não pequeis
Ef 4:26
, é o que está escrito. Por isso, esperei o sangue esfriar, e após o fim da sua campanha "Excomunhão Gospel", venho redigir-lhe esta carta, pos, também está escrito:
Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado
Hb 3:13

Logo, não estou aqui abusando de nada, nem me achando seu superior: estou seguindo os mandamentos bíblicos, e permanecendo na minha fé, pois, omitir em ajudar ao irmão, também e errado. Desde já peço perdão se eu ultrapassei alguma linha no que diz a Bíblia, ou se falo besteira: apesar de buscar cada dia mais do Senhor, ainda sou humano, sujeito a - muitas - falhas.
De qualquer modo, tenho algumas razões para repudiar sua atitude, e peço que as leia atentamente:

1º Cristo nos pregou o Amor. E, conjuntamente com o Amor, está o perdão. Não devemos nos calar diante de atitudes injustas, mas não podemos ceder ao ódio. (Irai-vos mas não pequeis!"). Difamação é, além de imoral, pecado, vindo então de um membro da hierarquia da Igreja, é, então um absurdo. O seu cargo na Igreja, ou o que o senhor manifesta ter, deve pesar nas suas ações, e, o senhor, mais que todos, sabe: não cabe a nós julgar;

2º Não se corrige uma atitude errada de uma pessoa, incitando o ódio à ela: isso é provado ser pedagogicamente inútil, e errado; além, de na Bíblia, o próprio Cristo Jesus ter repudiado a excomunhão: ao tentarem apedrejar uma mulher por adultério, o que Jesus disse ao intervir? "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela." (Jo 8:7);

3º Também está escrito: "Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." (Mt 25:40) O que as ovelhas fazem, por incentivo do pastor, será totalmente imputado à ele, no dia do Juízo.

Ainda teria eu motivos suficientes para discorrer por mais um bom tempo aqui, mas creio que já é o suficiente para demonstrar meu ponto de vista.

Não é da minha intenção constranger-te, mas não poderia deixar de me manifestar quanto a isso. Que a benção de Deus esteja contigo, irmão.

Abigobaldo

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Princípio da Moralidade

Com todo esse bafafá do Sarney, @twpiratas, e outras coisas do tipo, muita gente se prendeu a "o que fazer com os culpados" e se esqueceu de "o que fazer com os atos secretos publicados".

Na verdade, pra variar, o que falta mesmo é divulgação - os remédios estão aí.
Em primeiro plano temos o princípio da moralidade. O que é essa moralidade? Segundo Hariou, é "o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração." Ou seja, envolve a análise da ação administrativa, pertinente ao seu interesse público - é a análise da qualidade do ato administrativo.

Mas, o que acontece quando o ato do administrador não "passa" nessa análise? Isso está claro e absoluto na nossa Constituição Federal [art. 5º, inc. LXXIII]

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo [...] à moralidade administrativa,[...] ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência


O que isso significa? Que os atos secretos, TODOS, podem ser anulados, independente do seu conteúdo, por não obedecerem à (dentre vários) dois pré-requisitos de validade dos atos administrativos:

=> A publicidade (conforme ensina Hely L Meirelles: "a publicidade, como princípio da administração pública, abrange toda a atuação estatal, não só sob o aspecto da divulgação oficial de seus atos, como também de propiciação de conhecimento da conduta interna de seus agentes..."

=> E, por consequência, o interesse público ("não quer dizer haja total e irrestrita liberdade para que o administrador público desempenhe suas atividades ao sabor e talante de seus interesses, na medida em que a função administrativa, [...] consiste em aplicar a lei de ofício, tendo em vista sempre o aspecto finalístico que a informa, produto de inexoráveis limitações.")


Tudo brilha, então? Amanhã entro com uma ação popular, e o juiz vai anular todos os atos secretos? Hm, definitivamente não.
É aí que a porca torce o rabo: A Lei 4717/65, que regula as Ações Populares, requer, em seu art. 1º, a presença de advogado (RTJ 89/240).

Tá, tranquilo, bom-senso também pediria a presença de um. Pode-se contornar a "prova da lesividade" (exigida pelo JTJ 206/12) através do RTJ 153/1022, que diz "a lesividade [...] decorre da própria ilegalidade do ato cometido".

No caso específico dos atos secretos, pode-se facilmente basear a ação popular pelas letras 'b' e 'e' do art. 2º, quais sejam:

Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: [...]
b) vício de forma; [...]

e) desvio de finalidade.

Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:

b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;

e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.


A ação deve ser proposta, nesse caso, por se tratar de atos no Senado, na Justiça Federal (nunca diretamente ao STF, já que a ação não é diretamente contra o administrador, mas sim contra o ato).

Importante rememorar a possibilidade de obter liminar judicial( admitido expressamente pelo § 4.º do art. 5º da Lei 4.717/65), e a possibilidade de, se a ação for considerada improcedente por falta de provas, é possível entrar com uma nova ação, pois a decisão não terá efeito erga omnes - Alexandre de Moraes.
Aos que têm vontade de se aventurar nas ações populares, mas acha não ter recursos, vai um trecho da Wikipedia:

Para assegurar ao povo a efetiva possibilidade de se valer do uso da ação popular a Constituição do Brasil isentou quem a ela recorre das custas judiciais e dos encargos da sucumbência, isto é, dos honorários dos advogados e despesas correlatas incorridos pela parte vencedora.

Esse é um detalhe essencial da legislação, sem o qual ninguém do povo jamais se arriscaria a entrar com uma ação popular, (como, por exemplo, as ações que tramitam, na justiça brasileira, tentando anular a venda da Companhia Vale do Rio Doce ). Se não houvesse essa isenção e o comum do povo viesse a ser derrotado numa questão, teria que pagar milhões à parte vencedora a título de honorários de advogado, arruinando-se.


Agradecimento à Patrícia, que auxiliou na pesquisa doutrinária;


Fonte primordial: NEGRÃO, Theotonio & GOUVÊA, José Roberto F., "Código de Processo Civil e legislação processual em vigor". 38 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.


Quer saber mais sobre Ações Populares?
Modelo de Ação Popular
"O controle jurisdicional da constitucionalidade dos atos administrativos no direito brasileiro", in Direito e Processo (pg. 99-108) - disponível online
E, não haveria como deixar de falar do Blog Ação Popular.

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Diálogos de madrugada

[02:00 am]
-Abigo
-Oi?
-Abigoo
-Oi, mãe!
-Abigobaldo
-Fala, ué.
-Vai dormir
¬¬

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Movimento pelas Vítimas no N/NE

Esses dias tenho visto muitas reclamações intrigantes. Não que elas sejam vazias, ou sem-sentido, mas parece que falta alguma coisa nelas, e espero não estar sozinho.
Muita gente, principalmente no twitter, tem criticado a falta de apoio e mobilização às vítimas das enchentes e desmoronamentos que o Norte/Nordeste têm sofrido; comparado com toda ajuda que foi conseguida quando aconteceram as catástrofes no Sul.

Mas o que eu acho mais esquisito mesmo é que, se não me engano, a mobilização por SC eclodiu mesmo, veja só onde: no próprio twitter, assim como em vários blogs, por parte daqueles que hoje twittam e enchem a boca pra falar sobre o comodismo. Agora, comodismo de quem? Deles mesmos? Afinal, essa não é a graça da web 2.0? Os próprios usuários fazerem seu conteúdo?

E qual a desculpa agora? Bom, poderia ser dito que a mídia não tem dado atenção aos fatos. E quando nós somos a mídia? Háá, aí o negócio fica feio; mas a culpa nunca é nossa. É de quem tem blogs grandes, com milhares de visitas diárias, é daqueles capitalistas que ganham rios de dinheiro com AdSense, enquanto eu, tadinho de mim =/, amarg com um ranking fraquinho no Blogblogs, e, em um ano inteiro, não cheguei a tirar 20 dólares com meu blog. Tsk.

É, a culpa nunca é nossa.

Querendo mudar esse conversê, buscando alavancar os twitteiros, blogueiros, leitores de Feed, o Luv’s the Movement lançou uma arrecadação para o que for necessário para as vítimas (roupas, alimentos, colchões, travesseiros, etc), e conclamamos àqueles que ainda não colocaram a mão na massa, à fazê-lo, ou, ao menos, deixarem de mimimi. Porque criticar, até a Veja critica.

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Teorias Conspiratórias, eles estão entre nós [1]

Eu não sei porque ainda o tal do Lauro Jardim, responsável pela coluna/lista/bizarrice Radar, na nossa adorada revista Veja, insiste em tentar ligar todos os fatos e notícias do mundo da maneira mais bizarra e negativista possível.
Na ed. 2109 [22/04/09], ipsis litteris:
"O ministro José Gomes Temporão não esqueceu suas origens na hora de preparar o orçamento do governo para a Saúde. Professor da Fundação Oswaldo Cruz desde 1980, o ministro quase dobrou o orçamento da autarquia. A Fiocruz recebeu 1,5 bilhão de reis do Orçamento deste ano - um aumento de 92,5% em relação ao previsto em 2008. No mesmo período, a verba para o ministério subiu 13,2%. A área mais beneficiada foi a vigilância epodemiológica, paraa compra de vacinas e outras ações de prevenção de doenças".

MEU DEUS, QUE BIZARRO!
Agora vai me dizer que o Ministro da Saúde está aumentando a verba para, peraí, acho que não li direito, HOSPITAIS?!?

Jesus, Maria e José! Que absurdo! Sem querer bater de frente com Lauro Jardim, mas, peraí, o Temporão pode ter até privilegiado o lugar que ele trabalhou, mas ele sabe exatamente qua o problema da Fiocruz, e sabe porque? Porque trabalhou lá, oras.

A Fiocruz é uma autarquia, pertence ao Governo Federal, não é qualquer hospitalzinho particular que recebe dinheiro do governo.
E olha que bizarro: a Fiocruz está recebendo dinheiro pra prevenir doenças. A Fiocruz fica no Rio de Janeiro. Estamos em época de chuva. Qual estado brasileiro tem o maior histórico de problemas com a dengue?

Ah, tá. Mas que o Temporão tá desviando recursos está. Até porque, segundo todas as mídias, o sistema de saúde público no Brasil vai muitíssimo bem; assim como a GM, na crise:

O Globo, dizendo como a gestão de hospitais públicos no Brasil é exemplar
UOL, sobre o exemplo dos hospitais de Natal, que devem ser seguidos mundo afora;
E, por fim, o próprio CREMESP (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), elogiando a quantidade de verba destinada à saúde em geral

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Congressos e companhia

Enquanto o Lula é o mais popular das Américas e a Gisele perdeu o posto de mais sensual do mundo, hm.. Muita coisa acontece.
Esse feriado foi um exemplo, de que muita coisa aconteceu. Pelo menos no cenário gospel.
Em BH, aconteceu o Congresso Diante do Trono, mais famoso, impossível. Ao mesmo tempo, havia um congresso na Presbiteriana em Campo Grande, que se encerrou com um show da Cassiane.
Goiânia, por outro lado, sediou a II Convenção de Jovens Sal da Terra. Por impossibilidade física (duh!) só pude estar em um, e fui na da Sal da Terra. No link acima, tem a playlist com os vídeos gravados.

Mas esse não é o objetivo desse post. Meu objetivo é saber: o que você, leitor/blogueiro/twitteiro, acha desses congressos/reuniões/acampamentos? São válidos? São formas de evangelismo? Ou é só recreação? Se alguém tiver experiência, compartilhe!
Post que vem dou minha opinião..

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O poder da internet 2.0

Não, não é mais um post falando sobre a justiça cearense e sua topeirice momentânea, mas sobre a pouca importância damos ao que fazemos na internet.

Após os casos de empresas que, antes da entrevista, vasculhavam o orkut procurando perfis dos candidatos, um estadosunidense, Johnathan Powell, poderá ser culpado pela anulação de um julgamento no estado de Arkansas.

Durante o processo, o jurado enviou via SMS mensagens para o Twitter que revelariam, segundo o advogado da empresa (que perdeu 12,5 milhões no processo), sua tendência à lesar a Stoam.

Aos navegantes incautos, cuidado. O que você faz na internet está sendo muito bem vigiado; opiniõs pessoais devem ser compartilhadas com o maior cuidado possível - ainda mais quando se trata de Justiça.

Fonte: G1 - notícia

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Despreparo é predominante

Eu fico impressionado com a falta de conhecimento de alguns blogueiros.
Hoje eu vi, com um certo atraso, uma tremenda bobeada do GraveHeart, blogueiro mais do que famoso pela internet 2.0.

1) Em seu post sobre o caso da Justiça Cearense, que bloqueara, por ledo engano, o acesso ao blog Twitter Brasil, enquanto pretendia bloquear o site Twitter, o blogueiro ataca e iguala políticos a juízes.

2) Ok, definitivamente ele sabe que são diferentes; até porque (graças a Deus), os políticos não interferem (diretamente) sobre causas julgadas nos Tribunais Superiores. O problema é a partir do momento que ele lança essa informação e acaba por descaracterizar os blogs como fonte de notícias. Eu, por exemplo, com o Álibi, não pretendo utilizá-lo como portal de notícias, muito pelo contrário, sempre fui categótico ao informar que 98% das informações aqui contidas são de caráter pessoal, e quando não o são, eu explicito-as e ponho a fonte.

3)Outro problema, é que o juiz não é responsável (diretao ou indiretamente) pela falta de técnica do responsável por colocar em prática a sentença. Na sentença judicial, a bancada ministerial (já que foi um recurso imposto ao TSE) defere (aceita o pedido) de bloqueio ao site Twitter; o que o técnico fez ou deixou de fazer não mede conhecimento dos julgadores

4) Ele afirma, ainda, Tribunal Superior Eleitoral do Ceará. O TSE é único para o Brasil inteiro, composto por ministros

5) Não contente, ele ainda afirma que o site "foi SUMARIAMENTE retirado do ar", ebora logo depois, diga que foi uma decisão liminar. Aos que não entendem lhufas de direito, eu explico. Decisão liminar é aquela de caráter temporário e urgente, que é caracterizada para que o acusado não tente esconder/modificar as provas. Um exemplo de decisão cautelar/liminar é a prisão preventiva: o acusado não foi condenado, mas, para que haja justiça na decisão final do juiz, o réu é encarcerado por um prazo determinado, até que se finalizem a perícia.

Quero deixar bem claro que não tendo descredenciar o GraveHeart, até porque nutro de uma admiração e apreço imenso por esse blogueiro, tanto que acompanho seu blog há algum tempo. Minha intenção é apenas de alertar aos blogueiros que eles são formadores de opinião; e, se pisarem na bola, talvez não haja mais outra chance - não preciso nem dizer o que o resto da sociedade pensa dos blogs.

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Enquanto isso...

No maravilhoso mundo de algum estagiário do Yahoo, a África, é um país.

Que coisa não?
O link da notícia tá aqui

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Meme

Recebi da New, do Estúrdio o meme "Blog Maneiro":


Valeu New ;]

E, só pra não deixar a postagem vazia; li no Psicodose:


50 coisas que aprendi com games e RPG.
  1. Pular na cabeça de um crocodilo irá matá-lo.
  2. Quando não souber o que fazer, vá para a taverna.
  3. Se algo não funciona direito, assopre bem que irá funcionar.
  4. Matar as geleias azuis irá fazê-las se multiplicarem.
  5. Espinhos/espetos irão te matar na hora se você cair neles.
  6. Quando você consegue o Duplo Pulo, tudo fica mais fácil.
  7. Zumbis são lerdos e burros, mas 100 deles fazem um estragoooo.
  8. Atirar na cabeça é sempre mais vantajoso (e complicado).
  9. Paredes sempre podem ter passagens secretas.
  10. Se uma parede estiver oca, coloque um C4 e exploda, que atrás dela terá algo bem legal.
  11. Caras grandes são sempre mais fracos que caras pequenos.
  12. Quanto mais armadura(s), mais difícil será derrotá-lo(s).
  13. Esconder na sobra praticamente te tornará invísivel.
  14. Converse com todo mundo que você ver pela frente, alguém te dará uma informação/item/conselho muito útil.
  15. Se você comer um cogumelo verde você terá uma vida mais longa.
  16. Antes de enfrentar o chefão, sempre pegue o máximo de munição/poderes/armaduras possíveis. Reduzir chances de perda.
  17. Se você correr muito, suas pernas parecerão um círculo de pés.
  18. Cuidado com pessoas aparentemente insignificantes/frágeis, elas podem se transformar em alguma coisa extremamente horripilante.
  19. Depois de uma boa noite de sono, todos os seus ferimentos e doenças serão curados, e uma musiquinha calma irá tocar.
  20. Você só consegue vender seus itens pela metade do preço que comprou.
  21. As casas (quase) sempre ficam abertas.
  22. Passe por cima de setas amarelas no asfalto, elas irão fazer você correr muito mais!
  23. Andar em carrinhos em trilhos é uma boa opçaõ para escapar.
  24. Se o mestre diz: não sei, ele quer dizer exatamente isso.
  25. Procure diretamente o prefeito, demais pessoas de status sempre são ruins.
  26. Dados nunca são demais na mesa, mas sempre tem aquele que fica brincando com os dados o tempo inteiro.
  27. É possível passar todo o dia apenas se alimentando de pão sovado e refrigerante.
  28. Virar a noite em claro jogando traz alguns efeitos colaterais alucinógenos.
  29. 1 dia de comida para viagem pesa apenas 0,5 Kg.
  30. Sempre que entrar em algum lugar desconhecido, a primeira coisa a se fazer é procurar.
  31. Quem consegue chegar no nível 20 com um mesmo Mestre ou grupo é praticamente um lenda viva.
  32. Rumores/histórias/lendas de séculos atrás que você ouve só hoje, estão prestes a acontecer.
  33. Fugir é bom para a saúde.
  34. Existem pessoas que são chamadas apenas de geração xerox.
  35. RPG está para Heavy Metal assim como Vídeo Game está para Nintendo.
  36. Uma garrafa vazia pode ser mais importante que uma espada.
  37. No espaço existem explosões, sons e portais dimensionais.
  38. No level 100 você pode fazer praticamente tudo que lhe vier na cabeça.
  39. Qualquer plebeu sabe manejar uma besta pesada.
  40. Os dados vão traí-lo no momento em que você mais precisa deles.
  41. Armadilhas sempre podem ser desarmadas/evitadas.
  42. Qualquer coisa que reluz é importante.
  43. Meia lua para frente e soco faz você usar uma magia legal.
  44. Se
    você capotar de carro, espere alguns segundos que logo em seguida você
    aparecerá piscando na pista como se nada tivesse acontecido.
  45. Existem mulheres gamers/RPGistas, elas apenas estão escondidas.
  46. Pessoas comuns não entendem o que é RPG sem ver alguém jogar.
  47. Uma metralhadora ocupa o mesmo espaço que um isqueiro.
  48. Quando bicho muito grande e asqueroso morre fuja, ele vai explodir.
  49. O último chefe pode ser apenas o antepenúltimo.
  50. Jogar Vídeo Game/RPG te deixa alimentado enquanto você permanecer neste estado.


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O Fenômeno Cristovam Buarque

Depois de um abaixo-assinado feito por artistas da APTI (Associação dos Produtores Teatrais Independentes), a candidatura do atual sen. Cristovam Buarque ao cargo de diretor-geral da UNESCO, depois de ter sido enfiada goela abaixo do sen. Suplicy após uma indireta [bem direta] do presidente da mesa diretora do Senado, o Mão-Santa [não o Oscar, o senador], em uma bronca que durou menos de 3 minutos no dia 07/02, ganhou apoio também de seus colegas do Senado.

Os senadores endossaram o abaixo-assinado da APTI, e não contentes, anexaram seu próprio abaixo-assinado, numa mostra de que às vezes, o trabalho e a dignidade têm lugar na política brasileira, ao contrário do que a mídia insiste em divulgar.

Afinal, não li duas palavras sobre essa movimentação na VEJA, que, ao contrário, estampou uma entrevista na última edição, naquelas páginas amarelas, com Jarbas Vasconcelos sobre a sujeira política. Não que a política seja um mar de rosas, mas acho que já cansamos da teoria do caos.

Inclusive acho que a leitura da entrevista é de interesse geral

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Teste de Personalidade

Nunca fui muito com cara desses testes de internet não, mas esse chegou a assustar: o Inspiira.org, que depois de [acho que] 50 perguntas básicas, nada complicado nem difícil, definiu, não só a mim, mas outros amigos meus que também fizeram assim, nos mínimos detalhes.
Lá no site explica tudo, mas você faz um cadastrozinho e logo depois já começa o teste de uma vez.
Comente seu resultado - as minhas letras deram ENFP. ;x

Indicado pela Anenha.

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I heard the bells on Christmas Day

Alguns avisos:
A tradução não
é literal;
Esse texto foi escrito no estilo songfic; ou seja, a letra da música faz parte da história a ser contada;
Não, eu não gosto dos meus textos.


Era tarde já, deviam passar das 23 horas
. Ele caminhava sozinho, como se não tivesse para onde ir, como se seus pés soubessem para onde o levar, mas ele de fato não fizesse a menor idéia do caminho. Parecia estar.. morto. Não fisicamente, mas de espírito. O seu rosto já não era mais brilhante, as marcas da dor e das noites mal-dormidas estavam mais fortes agora. E, aquela música em nada ajudava.
I heard the bells on Christmas day
[ Eu ouço os sinos durante o Natal ]

Their old familiar carols play

[ As suas velhas canções de natal ]

And mild and sweet their songs repeat

[ E doce e suavemente eles repentem suas músicas ]

Of peace on earth good will to men

[ Que falam sobre paz na terra, e boa vontade aos homens ]

Até agora ele conseguira ignorar a alegria, aquela alegria falsa e produzida do Natal. Conseguira não desejar um feliz natal a todos os sorrisos forçados que encontrara durante o dia, todos os que o detestavam ele conseguiu passar reto, porque eles o detestaram ontem e iriam detestá-lo amanhã, era tudo por questão de um dia.

And the bells are ringing

[ E os sinos estão tocando ]

Like a choir they're singing

[ Como um coral, eles estão cantando ]

In my heart I hear them

[ Eu meu coração eu posso ouvi-los ]

Peace on earth, good will to men

[ Paz na terra, boa vontade aos homens ]

Mesmo agora, no silêncio profundo, chegando onde já foi sua casa, ele ainda ouvia aquelas músicas de natal, canções utópicas de sonhos infantis. Era demais. Até para ele era demais. Num nó que lhe subiu à garganta, ao lembrar dos filhos cruelmente assassinados, da mulher que perdera, sem motivo algum, sem razão nenhuma - fora a ambição humana. Naquele dia, há exatos sete meses e três dias atrás, ele perdera qualquer esboço de fé na raça humana. E o natal não estava ali para ajudá-lo a melhorar; estava farto das pessoas tentarem entendê=lo, tentarem ajudá-lo - não, não era isso que ele queria.

And in despair I bowed my head

[ E num desespero, gritou uma voz em minha cabeça ]

There is no peace on earth I said

[ Não há paz na terra, eu disse ]

For hate is strong and mocks the song


[ O ódio é forte, e ele goza dessa música ]

Of peace on earth, good will to men
[ Que clama por paz na terra, e boa vontade aos homens ]

Sozinho, em casa ele gritou. Como se estivesse liberando toda a dor e ressentimento guardados durante tanto tempo, gritava, e quanto mais gritava mais doía, como se seus pulmões estivessem sendo perfurados, e podia, praticamente podia sentir o sangue escorrendo pelo seu corpo, embora ainda estivesse seco. Pensou estar delirando por alguns momentos, em meio aos soluços

But the bells are ringing

[ Mas o sinos estão tocando ]

Like a choir singing

[ Como um coral, cantando ]

Does anybody hear them?

[ Alguém pode ouví-los? ]

Peace on earth, good will to men

[ Paz na terra, boa vontade aos homens ]


Then rang the bells more loud and deep
[ Então tocaram os sinos mais forte e profundamente ]

God is not dead, nor doth He sleep

[ Deus não morreu, muito menos está dormindo ]

The wrong shall fail, the right prevail

[ O mal falhará, o bem prevalecerá ]

With peace on earth, good will to men

[ Com paz na terra, e boa vontade aos homens ]
Then ringing singing on its way
[ Então eles estão tocando, cantando em seu caminho]

Então ele viu. Olhou para cima e viu. O ser mais lindo e mais brilhante que já vira em toda sua vida. Embora tivesse feições humanas, tinha uma aura, um poder que parecia sobrenatural. Era de uma beleza indescritível, e emitia uma luz que chegava a arder os olhos, com suas vestes brancas. Atordoado, ele viu as asas, e então compreendeu. Estava diante de uma das criaturas mais lindas da face da terra. E nisso, o anjo aproximou-se dele, e cantou uma canção, cuja língua lhe era estranha, mas, mesmo assim reconfortante. Estavam tão próximos que ele poderia tocá-lo, se conseguisse se mover. Olhava cada centímetro, cada milímetro do corpo angelical à sua frente. Olha va a espada que ele trazia em sua mão direita, passava para a outra mão, que acompanhava os movimentos da canção, como se guiasse uma orquestra imaginária; mas não importa para onde olhasse, era atraído para o rosto do anjo, como se estivesse magnetizado. Um rosto, que de tão puro, chegava a ser quase transparente, e parecia que estava olhando não para ele, mas através dele, como se saísse de foco continuamente.

The world revolved from night to day

[ O mundo revirou-se da noite para o dia ]

A voice, a chime, a chant sublime

[ Uma voz, um som, um canto sublime ]

Of peace on earth, good will to men

[ que fala de paz na terra, e boa vontade aos homens ]


And the bells they're ringing

[ E os sinos, eles estão tocando ]

Like a choir they're singing

[ Como um coral, eles estão cantando ]

And with our hearts we'll hear them

[ E com nossos corações, vamos ouvi-los ]

Peace on earth, good will to men

[ Paz na terra, boa vontade aos homens ]

Naqueles poucos momentos em que estiveram juntos, ele sentiu que se passara uma eternidade. Embora ainda lhe escorressem lágrimas pelo rosto, não chorava mais, não sentia nenhuma razão para chorar, seu coração batia calmamente, e de súbito, compreendeu. Estava curado; embora tivesse deixado de acreditar em Deus e forças sobrenaturais há muito tempo, Ele, mesmo assim lhe curara, e demonstrara quão grande é Seu amor e Sua misericórdia.

Do you hear the bells they're ringing?

[ Você pode ouvir os sinos que eles estão tocando? ]

The life the angels singing

[ A vida dos anjos cantando? ]

Open up your heart and hear them

[ Abra seu coração e ouça-os ]

Peace on earth, good will to men

[ Paz na terra, boa vontade aos homens ]


Peace on earth, Peace on earth


[ Paz na Terra, paz na terra ]

Peace on earth, Good will to men
[ paz na terra, boa vontade aos homens ]

Novamente, sentia-se amado, embora mais do que nunca, e renovado. Compreendera a verdadeira magia do Natal

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Conceitual

"A aplicação das leis é mais importante que sua elaboração"
Thomas Jefferson

É esse tipo de pensamento que nos leva à algumas atitudes extremistas na história. Foi com esse pensamento que se legitimou o domínio nazi-fascista, que ainda legitima a ditadura chinesa; é o pensamento de acomodação, de status quo. Daquele atendente chato de telemarketing, que siz "nada pode ser feito, está no contrato".
Dane-se Thomas Jefferson, e sua filosofia maquiavélica.
Não adianta termos um pensamento jurídico tão avançado como o temos, voltado para o social, para o bem-estar coletivo, se a apatia (êta palavrinha besta e ingrata) o consome, o retrai - a justiça não se move sozinha.
E se o Judiciário é moroso, a culpa não é do sistema, ou do juiz - mas sim daqueles que, de má-fé, utilizam todo e qualquer recurso (originalmente criado e elaborado - veja só, elaborado - para garantir que não se cometesse nenhum ato de injustiça) para retardar o irremediável - a condenação do injusto. Aplicam a lei? Sim, mas de forma errônea. E de que adianta dizer isso ao Sr. Jefferson? A lei está aí para ser aplicada, diria ele, sem ao menos levantar os olhos.

A justiça tarda, mas não falha. E se tarda, é por culpa nossa.

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Circular 01/2009 - volta das férias

Depois do recesso auto-instituído, o Álibi volta em 2009. Agora com mais de um ano (/o/). E nada de novo, mesmo. Até porque os objetivos já foram alcançados. Abri o Álibi não para ser o blog mais visitado, ou algo que me sustentasse financeiramente (não que eu fosse reclamar...), mas só um espaço pra abrir algumas discussões, fazer alguns apontamentos, e porque não, fazer algumas amizades. No fim, tudo deu certo, e se o Álibi fosse fechado hoje, não haveria arrependimentos de minha parte. Mas não vou fechá-lo. Me apeguei a esse nome, sabe lá Deus porque.

Amanhã vou fazer minha prova de direção de moto; desejem-me sorte, não pego em moto desde novembro. >.<
E a todos que acompanharam a trajetória do Álibi, obregádo o/~; sem seus comentários, suas dicas e idéias, minha vida seria muito mais sem graça.

=> O blog Álibi Perfeito apóia, reitera e explicita a campanha: "Se eu fosse um vampiro também não sugava o sangue do Tatá". Só pra deixar claro.

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