27.9.09

Agora a culpa é minha?! (II)

Continuando, então, a rebater a coluna, a autora definiu os motoqueiros como responsáveis pela carnificina no trânsito – e a liberação de moto taxistas seria compactuar com esse rio de sangue.

Corro o risco de derrapar na Lei de Godwin (expressão usada quando se compara falas e feitos ao regime nazista), mas da forma como foi colocado, o motoqueiro é um mal a ser combatido.


Continua lendo a bagaça;

É como se a autora passasse uma borracha em todos acidentes causados por motoristas bêbados, má-conservação das pistas, má sinalização, irresponsabilidade no volante, falta de manutenção veicular, motoristas que dormem ao volante, colocando todos esses acidentes nas costas dos motoqueiros.

“Ah, mas e os motoqueiros bêbados?” pergunta alguém; A culpa é da bebida então, e não da moto, óbvio ._. Seria o mesmo que afirmar que todos que moram na favela são traficantes: Eles não moram na favela porque gostam, ou porque querem, mas, a maioria, porque não tem condição financeira de morar em algum lugar melhor.

Eu nunca vi um motoqueiro feliz porque tivesse que dirigir na chuva, ou porque tinha que entregar a pizza quentinha do outro lado da cidade – se motoboys correm, é porque são obrigados.

Novamente faço uma pausa: há motoqueiros irresponsáveis e idiotas que não respeitam porque não querem – mas são minorias, assim como motoristas de carro que são irresponsáveis, e assim como há idiotas em todo lugar, como diz a comunidade do Orkut.

Mas não se pode tomar a minoria como um todo – nem mesmo se fosse a maioria. Generalizar nunca foi uma atitude muito sábia, mas a maior parte das pessoas só percebe isso, quando estão sendo atacadas injustamente.

É falar que todo funcionário público é folgado, é dizer que toda faculdade particular não tem qualidade, é falar que toda juventude está perdida ou chamar os estadosunidenses de norte-americanos (mexicanos não contam como gente e canadenses não existem, né? /ironia)

 


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