19.11.08

As maravilhas do mundo jurídico

O que mais me irrita no Direito não é o formalismo, não são os ternos 'caros', mem o ego altíssimo [tá, esse irrita bastante, de fato].
O problema mesmo está nas expressões que eles insistem em usar, por menos que sejam necessárias. Não todas, como 'habeas corpus', que até faz algum sentido. Mas aquelas expressões que já tem uma tradução no senso-comum, que faz sentido; mas que os juristas insistem em dizer que são diferentes. Por exemplo, a queixa. Para o direito, diz-se que queixa é o documento que o policial faz, não o testemunho que o sujeito presta na delegacia. O que o sujeito faz é noticia criminis.
Agora realiza lá, na casa do seu Zé, marido da Dona Josefina, a cena, pós-assalto.
'-Zé, vou ali dar uma noticia criminis na delegacia, quer alguma coisa?
-Traz uns pão de queijo, porque o João vem cá mais tarde ver os pacta sum servanda do armazém'

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