Discursos Vazios

Deputado Estadual Welinton Prado (PT-MG) defende a volta da Telebras.

Em entrevista à TVALMG, o Deputado disse que a reativação da Telebrás poderia trazer melhorias técnicas no serviço prestado e uma queda nos valores cobrados pelas companhias privadas, defendendo que o Estado deveria tomar para si um papel maior na prestação desses serviços.
Não vou discutir (agora) o mérito da sua afirmação, mas o fato de, durante a entrevista, ele cobrar do Estado uma alternativa para poder reduzir o valor da tarifa telefônica. Ele afirma que uma pressão popular poderia obrigar o Estado a mudar a política atual.
Mas não é a função dele fazê-lo? Façamos uma manifestação popular, convoquemos todos os setores da comunidade, fechemos as avenidas principais dos grandes centros urbanos, para que então, a Assembléia Legislativa mude o status quo. Para que a manifestação, sendo que ele próprio, WELINTON PRADO, está na Assembléia? Porque colocar o povo na rua, atrapalhar o trânsito, deslocar a Polícia, provocar o caos urbano (todo mundo que mora em cidade que já teve manifestações sabe o tanto que dificulta o dia-a-dia), sendo que o próprio convocador da manifestação é quem vai ter que se mexer ali na frente?
Não passa de mais uma manobra eleitoreira do deputado em questão, já antigo conhecido da população de Uberlândia (MG), pelo muito barulho, muita conversa, e nenhuma ação. Simplesmente ele não sabe o que está fazendo na Assembléia. Porque, se soubesse as suas atribuições, como Deputado Estadual, não falaria tamanha panacéia.

Em aparte, Domingos Sávio (PSDB-MG) foi mais razoável, concordando com a urgência de uma baixa na tarifa celular, assim como na necessidade de uma amplitude na cobertura celular em Minas Gerais – mas da mesma forma, não apresentou nenhuma solução.
Se não é função deles, deputados estaduais, apresentarem soluções, de quem é?

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Prisões sem julgamento

Com as novas notícias da prisão de Arruda, no twitter começaram a pipocar os comentários (como este, do @fangelico, ou do @GSantelli), que já estamos bem acostumados a ouvir nas ruas, perguntando quanto tempo ele vai ficar preso.
Mas o fato é que não há motivo para mantê-lo enjaulado, até porque, conforme o Código de Processo Penal, todas as prisões antes do julgamento final e do trânsito em julgado da sentença, devem balizar-se sob o art. 312, o qual é taxativo quanto aos objetivos da prisão. Resumidamente, ela serve ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE para:

=> Que o acusado compareça ao tribunal; para ter oportunidade de se defender;
=> Evitar que o acusado repita o crime que cometeu, para não perturbar a paz pública;
=> O acusado solto pode tentar destruir as provas, perturbar a instrução. A medida é especifica para se evitar prejuízo ou tumulto na fase instrutória;
=> Prende-se o acusado para evitar, sua evasão após a condenação;

Aplicando ao caso Arruda, temos que, pela presunção de inocência, e pela existência de medidas sancionatórias caso o acusado omita ou entre em falsas afirmações, temos que, caso, no Habeas Corpus, impetrado pelo seu advogado (dr. Machado), ontem à tarde, o ex-Gov. Arruda se comprometa a comparecer no tribunal (veja que é uma obrigação que o Direito impõe para o bem de quem está sendo acusado, dando-lhe a chance, ou melhor o DEVER de se defender), tenha pedido licença do cargo (o que já fez, o que tanto evita que ele repita o crime, como tente destruir as provas, por não ter mais acesso aos documentos ou dinheiro público), e, por fim, comprometa-se, sob ordem judicial, a não se retirar do Distrito Federal, sem antes protocolar pedido à autoridade judiciária (com o deferimento, of course), não há motivos para mantê-lo encarcerado.

Até porque, sob uma ótica do Direito Econômico, mantê-lo lá, representa mais e mais gastos para o Estado.

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EDIT 13/02/2010:

Ok, falei besteira. Mantenho o post acima, mas eu, conectado como sou, não vi a notícia da tentativa de suborno à uma testemunha, em nome do Arruda.
Leiam a íntegra da decisão liminar do Ministro. É ótima, por sinal.

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Hashtags e Trending Topics


Era pra ser uma postagem sobre o que andam chamando de marketing por aí, porém, por causa de uma discussão no twitter, pode virar pra outro lado, vamo ver no que dá.
Os meus tweets printei direto do site do twitter, os do @minduim182, eu printei do meu TweetDeck, já que ele, logo após perder a cabeça, me bloqueou e deletou seus tweets, num ataque de maturidade impressionante. Ok, chega de ironia. Aí vai o desenvolvimento da discussão, tweet a tweet, inclusive o primeiro, que gerou meu comentário.

Quer discutir se a hashtag #soeusei realmente tinha conteúdo, e eu deveria enfiar o trem no rabo? Entraí, nos tweets 1 e 2 da @Karooooll.

Fui injusto, não fui, que acham?
Definindo marketing de guerrilha:  "O Marketing de Guerrilha, como descrito por Jay Conrad Levinson no seu popular livro Guerrilla Marketing de 1982, utiliza-se de maneiras não convencionais para executar suas atividades de marketing e com orçamentos “apertados” (wikipedia)." No site da ClickSoft, a definição de marketing em mídias sociais para... músicos: "Você sabia que vários artistas do mundo inteiro usam sites de comunidade para escolher e divulgar as músicas que serão lançadas? Personalidades como Madonna, trabalham o marketing social divulgando suas músicas antes de gravar um novo disco. Assim elas podem saber quais músicas foram bem aceitas e gravar o cd apenas com elas."
Divulgar o seu trabalho é uma coisa, você oferece ao público algo, e tem a resposta de volta. Por exemplo (não vou nem comentar da banda Bleffe e o trabalho de divulgação no twitter), o TGIFriday's (Thank God It's Fridays), lançou a promoção #1000kshakes, e chegou aos trending topics.
Se você acessar a hashtag #1000kshakes, vai entender o propósito da tag, assim como a do #projetoenchentes, e assim por diante. Procura por #soeusei. Isso, pra mim é SPAM - e dos mais idiotas, porque não produz resultado.

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