23.3.10

A que faz a diferença

 A terceira terça-feira do terceiro mês do ano.
Podia ser um dia, só.
Mas algumas coisas fazem a diferença. Até porque, se trata dela. Hoje, dia 23, é aniversário da Aline, do blog Ponto Final.
E, ela é especial. Não falo por ter namorado com ela; mas pelo que de fato ela é. Muitas vezes, no dia-a-dia, a gente depende de algumas pessoas, pra facilitar nossa vida, pra dar o apoio, pra sustentar e nos ajudar a sair das encrencas - e ela sempre foi a melhor nisso, e não só pra mim.
E, a gente costuma não reconhecer essas pessoas, na nossa vida.
E, por todas as vezes que fui grosso, não atingi as expectativas que você tinha em mim, e que errei com você, eu peço, de todo coração, que me perdoe. =)
Tudo que passamos, e que vamos passar, vai estar guardado aqui comigo. Porque, acima de tudo, você sempre foi, e sempre será, minha amiga. Mesmo que esse conceito de amizade ande muito desgastado.

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22.2.10

Discursos Vazios

Deputado Estadual Welinton Prado (PT-MG) defende a volta da Telebras.

Em entrevista à TVALMG, o Deputado disse que a reativação da Telebrás poderia trazer melhorias técnicas no serviço prestado e uma queda nos valores cobrados pelas companhias privadas, defendendo que o Estado deveria tomar para si um papel maior na prestação desses serviços.
Não vou discutir (agora) o mérito da sua afirmação, mas o fato de, durante a entrevista, ele cobrar do Estado uma alternativa para poder reduzir o valor da tarifa telefônica. Ele afirma que uma pressão popular poderia obrigar o Estado a mudar a política atual.
Mas não é a função dele fazê-lo? Façamos uma manifestação popular, convoquemos todos os setores da comunidade, fechemos as avenidas principais dos grandes centros urbanos, para que então, a Assembléia Legislativa mude o status quo. Para que a manifestação, sendo que ele próprio, WELINTON PRADO, está na Assembléia? Porque colocar o povo na rua, atrapalhar o trânsito, deslocar a Polícia, provocar o caos urbano (todo mundo que mora em cidade que já teve manifestações sabe o tanto que dificulta o dia-a-dia), sendo que o próprio convocador da manifestação é quem vai ter que se mexer ali na frente?
Não passa de mais uma manobra eleitoreira do deputado em questão, já antigo conhecido da população de Uberlândia (MG), pelo muito barulho, muita conversa, e nenhuma ação. Simplesmente ele não sabe o que está fazendo na Assembléia. Porque, se soubesse as suas atribuições, como Deputado Estadual, não falaria tamanha panacéia.

Em aparte, Domingos Sávio (PSDB-MG) foi mais razoável, concordando com a urgência de uma baixa na tarifa celular, assim como na necessidade de uma amplitude na cobertura celular em Minas Gerais – mas da mesma forma, não apresentou nenhuma solução.
Se não é função deles, deputados estaduais, apresentarem soluções, de quem é?

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12.2.10

Prisões sem julgamento

Com as novas notícias da prisão de Arruda, no twitter começaram a pipocar os comentários (como este, do @fangelico, ou do @GSantelli), que já estamos bem acostumados a ouvir nas ruas, perguntando quanto tempo ele vai ficar preso.
Mas o fato é que não há motivo para mantê-lo enjaulado, até porque, conforme o Código de Processo Penal, todas as prisões antes do julgamento final e do trânsito em julgado da sentença, devem balizar-se sob o art. 312, o qual é taxativo quanto aos objetivos da prisão. Resumidamente, ela serve ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE para:

=> Que o acusado compareça ao tribunal; para ter oportunidade de se defender;
=> Evitar que o acusado repita o crime que cometeu, para não perturbar a paz pública;
=> O acusado solto pode tentar destruir as provas, perturbar a instrução. A medida é especifica para se evitar prejuízo ou tumulto na fase instrutória;
=> Prende-se o acusado para evitar, sua evasão após a condenação;

Aplicando ao caso Arruda, temos que, pela presunção de inocência, e pela existência de medidas sancionatórias caso o acusado omita ou entre em falsas afirmações, temos que, caso, no Habeas Corpus, impetrado pelo seu advogado (dr. Machado), ontem à tarde, o ex-Gov. Arruda se comprometa a comparecer no tribunal (veja que é uma obrigação que o Direito impõe para o bem de quem está sendo acusado, dando-lhe a chance, ou melhor o DEVER de se defender), tenha pedido licença do cargo (o que já fez, o que tanto evita que ele repita o crime, como tente destruir as provas, por não ter mais acesso aos documentos ou dinheiro público), e, por fim, comprometa-se, sob ordem judicial, a não se retirar do Distrito Federal, sem antes protocolar pedido à autoridade judiciária (com o deferimento, of course), não há motivos para mantê-lo encarcerado.

Até porque, sob uma ótica do Direito Econômico, mantê-lo lá, representa mais e mais gastos para o Estado.

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EDIT 13/02/2010:

Ok, falei besteira. Mantenho o post acima, mas eu, conectado como sou, não vi a notícia da tentativa de suborno à uma testemunha, em nome do Arruda.
Leiam a íntegra da decisão liminar do Ministro. É ótima, por sinal.

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5.2.10

Hashtags e Trending Topics


Era pra ser uma postagem sobre o que andam chamando de marketing por aí, porém, por causa de uma discussão no twitter, pode virar pra outro lado, vamo ver no que dá.
Os meus tweets printei direto do site do twitter, os do @minduim182, eu printei do meu TweetDeck, já que ele, logo após perder a cabeça, me bloqueou e deletou seus tweets, num ataque de maturidade impressionante. Ok, chega de ironia. Aí vai o desenvolvimento da discussão, tweet a tweet, inclusive o primeiro, que gerou meu comentário.

Quer discutir se a hashtag #soeusei realmente tinha conteúdo, e eu deveria enfiar o trem no rabo? Entraí, nos tweets 1 e 2 da @Karooooll.

Fui injusto, não fui, que acham?
Definindo marketing de guerrilha:  "O Marketing de Guerrilha, como descrito por Jay Conrad Levinson no seu popular livro Guerrilla Marketing de 1982, utiliza-se de maneiras não convencionais para executar suas atividades de marketing e com orçamentos “apertados” (wikipedia)." No site da ClickSoft, a definição de marketing em mídias sociais para... músicos: "Você sabia que vários artistas do mundo inteiro usam sites de comunidade para escolher e divulgar as músicas que serão lançadas? Personalidades como Madonna, trabalham o marketing social divulgando suas músicas antes de gravar um novo disco. Assim elas podem saber quais músicas foram bem aceitas e gravar o cd apenas com elas."
Divulgar o seu trabalho é uma coisa, você oferece ao público algo, e tem a resposta de volta. Por exemplo (não vou nem comentar da banda Bleffe e o trabalho de divulgação no twitter), o TGIFriday's (Thank God It's Fridays), lançou a promoção #1000kshakes, e chegou aos trending topics.
Se você acessar a hashtag #1000kshakes, vai entender o propósito da tag, assim como a do #projetoenchentes, e assim por diante. Procura por #soeusei. Isso, pra mim é SPAM - e dos mais idiotas, porque não produz resultado.

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1.1.10

Aquecimento para o processo

Dia 28 eu resolvi entrar em um tipo de tour forçado pela cidade, já que tinha que resolver a situação do B.O. da tal batida. Saí então, daqui de casa, com o meu pai (ainda não posso dirigir, e de qualquer modo a moto tá parada na oficina) e fomos pro 32 BPM (Batalhào de Polícia Militar, ali no Martins). Chegando lá, conversamos com dois soldados, e eles nos recomendaram procurar o policial que fez o B.O., que apenas ele poderia alterar o documento (até faz sentido, esse pensamento). O.k., rumo à 192 Companhia Militar, ali depois do Tubalina, quase chegando no Jaraguá. Fomos atendidos na recepção, e o soldado dali falou que as retificações só eram feitas no 16 Batalhão – fica no Umuarama do outro lado da cidade.
Aí a história começou a perder totalmente seu sentido. Oras, porque um Batalhão poderia se imiscuir nos Boletins de Ocorrência do outro? Que farra é essa? Tá, não sei de nada mesmo, sou um simples cidadão, né, fazer o que. E vaamos nós atravessar a cidade.

[CONVERSA PARALELA 1 – acontecidos que nada têm a ver com a história em si]

16 Batalhão, e pá e tal, uma hora lá na recepção (o único funcionário estava com um abacaxi nas mãos – 6 pessoas conduzidas à delegacia por porte e plantação de drogas, entre eles um menor). Nessa uma hora, o oficial da recepção conversava.
O que esse povo vale pra sociedade? Nada, não vale nada. Entra aqui, daqui a pouco, dia primeiro sai de novo, ano que vem volta de novo, e nada muda.
O pensamento dele faz sentido – é só olhar as fichas dos réus na Defensoria Pública Criminal, que você realmente vê que o sujeito já tá cansado de ser [s]preso[/s] conduzido. Passa um pouco.
Isso é tudo lixo. LIXO. Entra lá lixaiada. Esse povo não vale nada.
Opa... né? Agora imagina a situação da mãe, vendo o filho menor dela ser chamado de lixo. Ah, cara aí já é demais pra mim.

[/CONVERSA PARALELA 1]


Com essa situação toda tensa, ele pergunta o que quero e... me manda pro escrivão. Não, relaxa, é só virar a esquina aqui, na terceira porta. Tá, né. Tenho nada pra fazer nesse período entre natal e ano-novo mesmo, vamo nessa.
Na porta do escrivão, lógico uma filazinha, duas pessoas esperando. A fila é pouca, mas como é escrivão, o tempo é muito.

[CONVERSA PARALELA 2]

Aí, a viatura, estacionando no lugar errado ó. Depois quer que a gente faz certo

Ah, cara mas onde você queria que ele parasse? Essas vagas aqui tudo são pra viatura, e tem carro particular parado... Se fosse chamar o guincho, pra multar os caras e depois ainda guinchar, ia demorar demais. Tem nego ali, dentro da viatura, não pode enrolar não..
Éé, tá certo. Aqui demora né?
Aham.
‘Tô aqui tem mais de hora, já é o terceiro lugar que venho. Sumiram meus documentos quando fui conduzido, e agora ninguém acha. Hãm, esse pessoal aí dá bola pra gente que é pobre não. A gente não é nada.
Aham...

Não, ele também não estava de todo errado.


[/CONVERSA PARALELA 2]


Entrando no escrivão... 


Queria retificar o B.O., aqui.... 
Não meu filho, quem faz isso não é a Policia Civil não, tem que ser a Policia Militar, se eles não servirem nem pra arrumar o B.O. não tem porque existirem não, é quase a única coisa que eles fazem.. Você tem que ir lá na Companhia que emitiu o B.O., no caso, deixa eu ver, a 192 Cia. e lá eles vão retificar. Se não quiserem, você pode ir no Batalhão, que são os superiores deles, e reclamar.
Mas o Batalhão que mandou a gente pra cá >.<
Eles tem obrigação de corrigir... Mas, se não quiserem, você pode entrar no Juizado Especial, com um processo contra o cara que bateu o carro em você, e já pode cobrar pelas lesões corporais, pelo dano no veículo, se procurou atendimento particular...

E, agora, vamos nós seguir o pedido que eu fiz no começo disso tudo. Entrar na Justiça. Essa história vai longe...

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30.12.09

Publicidade 2.0

Quando você pensa em publicidade online o que vem na sua cabeça?

Seja sincero, quase todos nós pensamos, irremediavelmente, nessas caixinhas do AdWords, que estão espalhadas por todos os cantos da internet. Ou pelo menos, naqueles banners coloridos que costumam empestear as páginas.

Os mais antigos ainda lembrariam das pop-ups, na longínqua época do hPG (alguém aqui lembra disso ou sou só eu? – quando iG significava internet grátis), dinossauros do que pode ser a publicidade.

Desde a época do AdSense ou AdWords, que seja, muita coisa mudou. Hoje, no auge do Twitter, das relações, do contato, do sharing, do colaboracionismo, o que vale não é mais a propaganda – mas quem a faz. Alguém elogia ou destrói um produto ou serviço, seja em seu blog, ou no twitter, em menos de 140 caracteres, influencia diretamente uma gama de potenciais consumidores.

Grande exemplo é o livro do Marcelo Tas, elogiado por centenas de leitores via Twitter, o que levou outra centena a comprá-lo. Eu mesmo comprei um [s]livro[/s] assim. Areia nos Dentes, do genial Antônio Xerxenesky, por causa, quase exclusivamente, desta resenha – o que me lembra que eu preciso escrever sobre este livro (2010 taí pra isso, mano jhow). Mais diretamente como publicidade tem-se as divulgações de promoções do @marcogomes, sempre seguidas por uma tag #ad (de advertising, propaganda).

Mas ainda assim, a publicidade é pouco explorada, como eu disse no post anterior, sobre o ostracismo de algumas companhias (pagar por conteúdo é coisa do século XX) – deve haver novas formas de se vender um produto.

Mas de fato, a melhor propaganda sempre será o boca a boca de clientes/usuários satisfeitos – seja ele de fato ou virtual.

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29.12.09

Google pago?

O google pode se tornar pago.

Essa frase lembra aqueles emails de spam, que pediam pra reenviar pra 1001 contatos em uma espécie de manifesto virtual, porém dessa vez, é (em parte) verdadeira.

Depois de anos com pressão internacional, e nacional, a Google decidiu que irá cobrar pelo acesso à alguns sites de notícias. Porque? Simplesmente porque estes, pertencentes a grandes veículos da mídia tradicional (leia-se papel) não se adequaram à web 2.0. Não foram capazes de, ao se submeter a uma cultura colaborativa (onde a informação é de todos, não tendo um único dono), não conseguiram reorganizar seus meios de produzir lucro.

Tentaram, por anos, erroneamente, aplicar um método de negócios que, na web, perdeu seu sentido. E sabiam disso.

Todos coglomerados de comunicações sabem o que é a Web 2.0, porém, ainda insistem em cobrar pelo acesso à informação. E vão sucumbir.

Apenas aquelas empresas que realmente se subordinarem a uma nova forma de pensamento, e conseguirem de fato apresentar um modelo lucrativo dentro de um meio colaborativo conseguirão sobreviver.

Cobrar por aprofundamento ou por algumas notícias específicas, como faz o Wall Street Journal, é apenas uma medida paliativa – um bolsa família para as mega-empresas em crise. Cobrar a partir de um certo numero de acessos (5, como propõe o Google, ou 10, como o Financial Times já pratica) é insustentável – já que, ter menos leitores, significa menos anunciantes.

A publicidade tem sido o caminho encontrado para tirar os coglomerados da comunicação do vermelho, mas será que ela realmente é o único meio? Ou pelo menos o mais viável?

Padecemos de soluções criativas. Urgentemente.

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