Publicidade 2.0

Quando você pensa em publicidade online o que vem na sua cabeça?

Seja sincero, quase todos nós pensamos, irremediavelmente, nessas caixinhas do AdWords, que estão espalhadas por todos os cantos da internet. Ou pelo menos, naqueles banners coloridos que costumam empestear as páginas.

Os mais antigos ainda lembrariam das pop-ups, na longínqua época do hPG (alguém aqui lembra disso ou sou só eu? – quando iG significava internet grátis), dinossauros do que pode ser a publicidade.

Desde a época do AdSense ou AdWords, que seja, muita coisa mudou. Hoje, no auge do Twitter, das relações, do contato, do sharing, do colaboracionismo, o que vale não é mais a propaganda – mas quem a faz. Alguém elogia ou destrói um produto ou serviço, seja em seu blog, ou no twitter, em menos de 140 caracteres, influencia diretamente uma gama de potenciais consumidores.

Grande exemplo é o livro do Marcelo Tas, elogiado por centenas de leitores via Twitter, o que levou outra centena a comprá-lo. Eu mesmo comprei um [s]livro[/s] assim. Areia nos Dentes, do genial Antônio Xerxenesky, por causa, quase exclusivamente, desta resenha – o que me lembra que eu preciso escrever sobre este livro (2010 taí pra isso, mano jhow). Mais diretamente como publicidade tem-se as divulgações de promoções do @marcogomes, sempre seguidas por uma tag #ad (de advertising, propaganda).

Mas ainda assim, a publicidade é pouco explorada, como eu disse no post anterior, sobre o ostracismo de algumas companhias (pagar por conteúdo é coisa do século XX) – deve haver novas formas de se vender um produto.

Mas de fato, a melhor propaganda sempre será o boca a boca de clientes/usuários satisfeitos – seja ele de fato ou virtual.

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Google pago?

O google pode se tornar pago.

Essa frase lembra aqueles emails de spam, que pediam pra reenviar pra 1001 contatos em uma espécie de manifesto virtual, porém dessa vez, é (em parte) verdadeira.

Depois de anos com pressão internacional, e nacional, a Google decidiu que irá cobrar pelo acesso à alguns sites de notícias. Porque? Simplesmente porque estes, pertencentes a grandes veículos da mídia tradicional (leia-se papel) não se adequaram à web 2.0. Não foram capazes de, ao se submeter a uma cultura colaborativa (onde a informação é de todos, não tendo um único dono), não conseguiram reorganizar seus meios de produzir lucro.

Tentaram, por anos, erroneamente, aplicar um método de negócios que, na web, perdeu seu sentido. E sabiam disso.

Todos coglomerados de comunicações sabem o que é a Web 2.0, porém, ainda insistem em cobrar pelo acesso à informação. E vão sucumbir.

Apenas aquelas empresas que realmente se subordinarem a uma nova forma de pensamento, e conseguirem de fato apresentar um modelo lucrativo dentro de um meio colaborativo conseguirão sobreviver.

Cobrar por aprofundamento ou por algumas notícias específicas, como faz o Wall Street Journal, é apenas uma medida paliativa – um bolsa família para as mega-empresas em crise. Cobrar a partir de um certo numero de acessos (5, como propõe o Google, ou 10, como o Financial Times já pratica) é insustentável – já que, ter menos leitores, significa menos anunciantes.

A publicidade tem sido o caminho encontrado para tirar os coglomerados da comunicação do vermelho, mas será que ela realmente é o único meio? Ou pelo menos o mais viável?

Padecemos de soluções criativas. Urgentemente.

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Do chão, não passo.

Algumas notícias não tem como serem dadas de outra forma: eu bati, sábado. E, pra quem não sabe, sou motoqueiro. E, motoqueiro, quando bate se esparrama pelo chão se estrupica.

O que aconteceu, resumidamente: o fdpfdpfdp abençoado estava na faixa da direita, eu na do meio, quando ele resolveu que ia pegar o retorno (à esquerda, obviamente). Então, como bom cidadão uberlandense que ele é, o que fez? Deu seta e foi. Olhar pra trás é para os fracos. Buzinei, ele tentou tirar o carro, mas ainda assim esbarrou, perdi o controle da moto e fui cair logali na frente, graças a Deus deu pra tirar a perna antes que a moto caísse.

O rapaz que estava no carro atrás de mim era do Corpo de Bombeiros, e já deu uma garibada super de boa, ver se tava tudo ok, e, ainda bem, da mesma forma, que foi na frente da Uniminas, e tava tendo (n)Enem, uma policial viu tudo, e pelo rádio mesmo já chamou os paramédicos (Resgate, dos Bombeiros), e a polícia pra fazer o B.O. Nisso, o tio (já era um senhor, que bateu em mim) estava desesperado. No momento tava tudo bem, eu doido pra fazer alguma coisa, mas simplesmente não podia mexer. Nada. Liguei pra minha mãe, liguei pra Aline, mandei algumas sms urgentes, pra algumas pessoas não ficarem me esperando, e fiquei mofando no sol.

(Tenho que abrir um parênteses aqui pra comentar da ignorância – não há outra palavra pra isso – dos uberlandenses, que, quando vem um carro com a sirene ligada, seja de Bombeiros, Ambulância ou da Polícia, simplesmente NÃO SE MOVEM. O Resgate demorou exatamente vinte e cinco minutos pra chegar ao local do acidente por causa do engarrafamento – numa cidade de 700 mil habitantes – porque ninguém abria espaço.)

Chegaram então os policiais pra fazer o B.O. e os bombeiros, praticamente ao mesmo tempo, os bombeiros fizeram todo o procedimento necessário (conferir se tinha alguma costela quebrada, onde tava doendo, colocar o colete cervical, pra não mexer o pescoço) rapidinho, e já me colocaram na viatura e fui embora.

O pessoal de uma presteza e de um carisma assim, inigualável. Todos que me atenderam eram recém-concursados, dois faziam faculdade, e foram conversando super amigavelmente durante todo o trajeto, explicando o que podia e não podia ter acontecido, falando sobre o trânsito, a demora, pra onde ia, etc.

Chegamos na UAI (Unidade de Atendimento Integrada) do Planalto em menos de cinco minutos, já direto pra sala do médico, encosta daqui, encosta dali, cutuca aqui, faz meia dúzia de perguntas, manda pro Raio-X, já tira a chapa, volta pra sala, dá uma olhada, e...

Quebrei a clavícula. Só isso, graças a Deus, colocou uma faixa e tudo tranqüilo.

Tá, nem tudo. Tem dia que dói paca, tem dia que fica tranqüilo. Mas acontece, recuperação é assim. =)

 

E, enquanto eu ia pra UAI, diz meu pai que o tio tava prestando depoimento, no B.O.

-Não, seu guarda, eu não tava errado não, ele tava correndo, nem deu tempo de ver ele...

-A quanto que ele tava? – pediu meu pai, já ficando grilado comigo

-Ah, uns 40, 50 por hora.

-E ele tava correndo? É, ele não tava parado né. A sua sorte é que ele tava andando certinho, se fosse outro motoqueiro, desses doidos por aí, o senhor tinha matado ele.

 

Diz que o tio empalideceu.

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Bradescuzinho do meu coração

            Taí, antes mesmo de fazer a crítica já mudei bastante de idéia. Esses dias estava tentando organizar as idéias pra um post criticando o Bradesco, por alguns inúmeros fatores, quando o tal banco me surpreende, duas vezes: uma boa, outra nem tanto.

            Primeiro, começaram os problemas com o Bradesco da Afonso Pena (aqui em Uberlândia). Foram quase quatro horas na fila pra abrir a conta-salário (mesmo com todos os documentos necessários, todas as assinaturas exigidas e toda burocracia pronta) foram três horas e lá vai cacetada pra chegar à uma atendente responsável por abrir a conta. Não havia lugares para todos sentarmos e poucos atendentes (embora fosse uma segunda-feira normal) – só duas abriam as contas, embora houvesse vários funcionários, hm, bastante tranqüilos eu diria.

            De qualquer modo, o atendimento era leve, e apesar de toda a carga de trabalho pressionando, ambas atendentes estavam com um bom-humor – impressionante.

            Daí o burro aqui resolveu que ia esquecer aquelas malditas letrinhas – e sem letrinhas, não se faz porcaria nenhuma. Não, não é que eu estava em dúvida, mas eu realmente não fazia nenhuma idéia de que letras EU tinha escolhido – óh, ironia.

            Xingando três gerações de castores pela ausência de hemisfério direito inferior no meu cérebro (/responsável pelas memórias, até onde se sabe), fui quase me arrastando para a minha agência.

            (Taí uma forma interessante dos bancos. Minha agência? What the heaven? Tem certeza que eu su responsável por aquilo? – é só uma forma de tirar a culpa do banco. Posso até ouvir a voz da atendente O Sr. deverá estar se encaminhando para a SUA agência para que eles possam estar resolvendo o SEU problema – olha que coisa, a culpa é praticamente SUA, man!)

            Chegando lá, pensei estar no cenário de Advogado do Diabo, não parecia ter vivalma por ali, até que... pra variar a porta automática resolve me travar, of course. Não, eu nunca consigo passar de primeira pela porta. Posso tirar chaves, moedas, máquina digital, celulares, capacetes, canivetes, laptops, maçaricos, ou até uma prensa portátil, não importa: eu nunca passo. É impressionante.

            Aí chegou o tiozim, sempre afoito em ser pró-ativo e ganhar uma promoção da chefe, e disse: deve ser o arame do carderno. OI!?

            Tá, que seja, não vou discutir. Entrando (de fato) na agência, depois de desligada a porta, me encaminhei aos serviços gerais, que ficava quase onde seria a despensa, se aquilo fosse um restaurante. ÓBVIO que lá tinha fila. Mas é LÓGICO que teria. Mas era menor que a dos caixas, se isso serve de consolo.

            Mas em cinco minutos fui atendido pela única pessoa que lá estava.

            Alguém sacou o que eu disse? Em CINCO MINUTOS alguém, dentro de UM BANCO atendeu SETE clientes. Dando resposta para todos.

            Fui, meio crente de que tinha alguma coisa errada, expliquei a minha burrice antológica, ela sorriu, pediu o cartão e falou que ia bloquear e desbloquear o acesso para que eu pudesse escolher novas letras ( D: ). Mas antes de terminar de falar, ela já tinha devolvido o cartão. Não entendi, e falei Ãhm?

            Ela olhou pra mim com aquele olhar de mãe, e disse

 

Pode ir lá fora, já tá liberado.

Oi?

É só ir no caixa automático, e escolher uma nova combinação.

Já?

Já, senhor.

=O

 

E fui. Sim senhores, em cinco minutos fui ao banco, peguei uma fila, resolvi meu problema e voltei à pacata vidinha de interior. Surpreendente.

Mas, como é comigo, tudo não acaba bem assim.

Depois de rapelar minha conta pra pagar minhas dívidas (salário SUPER atrasado, considerando que já até saí do estágio), sobrou uns trocados. Ah, ‘tô fazendo nada mesmo, põe a grana aí na poupança vinculada né, Bradesquinho do meu coração?

Poor thing, diria uma personagem de Sweeney Todd. No outro dia, precisando de crédito para o meu celular, fui atrás do trocado.

Não estava na Conta Corrente. Não estava na Poupança. Tirei um extrato, pra conferir – constava a transferência. Deus sabe onde foi parar meus centavos. Ô laiá, e lá foi o Bradesco de novo parar na minha lista de ódio.

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